Relator diz que CPI "com certeza" vai pedir indiciamento de Bolsonaro

Relator diz que CPI "com certeza" vai pedir indiciamento de Bolsonaro

Relatório elaborado por Renan Calheiros deve ter mais de 30 indicações de indiciamentos, mas a lista ainda não foi fechada

R7

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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, na manhã desta terça-feira (5), que, “com certeza”, haverá pedido de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no relatório a ser lido no dia 19 de outubro. “Não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele, com certeza, será, sim (incluindo no relatório), pelo que praticou”, disse o senador ao chegar para a reunião da CPI nesta manhã.

Renan também confirmou que o relatório deve ter mais de 30 pedidos de indiciamento, mas ainda não há uma quantificação. Ele detalhou que o documento será desmembrado e enviado a diversas instâncias, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Tribunal de Contas da União (TCU) e ministério público de vários estados e do Distrito Federal. 

“Vamos mandar para a PGR apenas o que couber à PGR e vamos destrinchar para enviar aos MPs e ao TCU os outros aspectos do próprio relatório. A Procuradoria vai avaliar, em 30 dias, prazo que estabelece a legislação das CPIs, as pessoas que têm foro especial e que devem ser examinadas pela PGR”, afirmou Calheiros.

O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reafirmou que o relatório terá consequências. “Aprovado o relatório, nós vamos seguir adiante com uma agenda para que o relatório tenha consequências. Não adianta esse trabalho todo se o relatório não tiver consequências. Não adiantará e nós não iremos rugir como leão nos depoimentos e miar como um gatinho no relatório e nas consequências do relatório”, declarou Randolfe ao chegar para o depoimento desta terça.

A CPI ouve nesta terça o sócio da empresa de logística VTCLog, Raimundo Nonato Brasil, com o objetivo de obter mais informações em relação a contratos firmados pela empresa com o Ministério da Saúde, em especial um aditivo que envolve valores milionários. O depoente conseguiu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para permanecer em silêncio sobre fatos que possam incriminá-lo.


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