Relator pede cassação de Arthur do Val em razão de áudios sexistas

Relator pede cassação de Arthur do Val em razão de áudios sexistas

Delegado Olim enviou texto ao Conselho de Ética da Alesp. Deputado Arthur do Val afirmou que mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres"

R7

Delegado Olim (PP-SP) defendeu a cassação do mandato de Arthur do Val

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O deputado estadual Delegado Olim (PP-SP), relator do processo que apura a conduta do deputado Arthur do Val (União Brasil) após a divulgação de áudios sexistas com comentários sobre mulheres ucranianas, defendeu a cassação do mandato de do Val em relatório enviado nesta quinta-feira ao Conselho de Ética da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

A informação é da assessoria de imprensa da presidente do conselho, deputada Maria Lúcia Amary (PSDB). O R7 tentou contato com a assessoria de Olim, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

O relatório será lido em sessão na próxima terça-feira, a partir das 14h. Além do relator, o Conselho de Ética conta com outros 8 membros efetivos. O colegiado terá de votar o relatório. Caso haja decisão pela perda de mandato, temporária ou permanente, é necessária a aprovação pela Mesa Diretora da Casa. Em seguida, o caso segue para o plenário da Alesp, e será necessário o voto da maioria dos deputados para que Arthur do Val perca o cargo. A Assembleia Legislativa de São Paulo conta com 94 deputados.

No total, o deputado foi alvo de 21 representações por conta de seus comentários. Ele falou, entre outras coisas, que as mulheres ucranianas são fáceis porque são pobres. Em 18 de março, o Conselho havia votado por unanimidade pela abertura do processo.

Ex-namorada

A ex-namorada de Arthur do Val Giulia Passos Blagitz prestou depoimento na tarde desta terça-feira ao Conselho de Ética, convidada como testemunha de defesa do deputado.

Indagada, entre outros assuntos, sobre o que achou dos áudios sexistas que motivaram a abertura do processo de cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro, Blagitz disse que os condena e descreveu a atitude do ex-companheiro como “falta de respeito”.


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