Relator vota para aumentar pena de Lula para 17 anos no caso do sítio de Atibaia

Relator vota para aumentar pena de Lula para 17 anos no caso do sítio de Atibaia

Ex-presidente havia sido condenado a 12 anos

Correio do Povo

Desembargador João Pedro Gebran Neto foi o primeiro votar no julgamento

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Relator da Lava Jato no Tribunal de Porto Alegre (TRF4), o desembargador João Pedro Gebran Neto negou os pedidos da defesa do ex-presidente Lula de anulação do processo relativo ao sítio de Atibaia e elevou a pena de 12 anos e 11 meses para 17 anos, um mês e 10 dias. "Infelizmente, a responsabilidade do ex-presidente é bastante elevada", afirmou durante a sessão desta tarde, ao manter a condenação por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Gebran Neto votou para absolver Fernando Bittar – o proprietário formal do sítio – e do pecuarista José Carlos Bumlai – condenado sob acusação de ter comandado uma reforma no valor de R$150 mil no local.

"Pouco importa se a propriedade formal ou material do sítio é de Bittar ou Lula. Há fortes indicativos que a propriedade possa não ser de Bittar, mas fato é que Lula usava o imóvel com 'animus rem sibi habendi' (intenção de ter a coisa como sua, do latim). Temos farta documentação de provas", disse o desembargador.

A defesa de Lula pede a absolvição ou nulidade com diversos argumentos, entre eles o de que não há prova de crime praticado por Lula, de que o processo foi parcial e conduzido com objetivo político e ainda de que houve cerceamento de defesa.

 


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