Resolução do PPI autoriza BNDES a contratar estudos para venda da Eletrobras

Resolução do PPI autoriza BNDES a contratar estudos para venda da Eletrobras

Negociação depende de decreto de Temer para incluir estatal no Programa Nacional de Desestatização

AE

Negociação depende de decreto de Temer para incluir estatal no Programa Nacional de Desestatização

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O processo de privatização da Eletrobras avançou nesta segunda-feira com a aprovação, pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), de uma resolução que autoriza o BNDES a contratar os estudos para a venda da estatal. Com isso, fica aberto o caminho para o presidente Michel Temer assinar um decreto incluindo a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização.

Segundo fontes, havia dúvida se o BNDES poderia contratar os estudos, porque o banco detém ações da estatal. A resolução também inclui os aposentados da Eletrobras entre os possíveis compradores das ações. O conselho se reúne semestralmente para avaliar o andamento dos estudos técnicos de concessões e dar aval às licitações previstas no programa.

Nesta segunda-feira, o conselho aprovou uma nova lista de 31 empreendimentos em infraestrutura a serem licitados: 24 lotes de energia elétrica e sete terminais portuários. Os investimentos no setor elétrico estão estimados em R$ 8,8 bilhões. Nos portos, é cerca de R$ 1,3 bilhão. As linhas de transmissão, entre as quais está uma que liga o parque eólico do Rio Grande do Sul ao sistema elétrico, serão leiloadas no dia 28 de junho deste ano. Elas somam 4 mil quilômetros e estão distribuídas em 19 Estados. Os contratos serão por 30 anos a partir de sua assinatura, prevista para outubro.

O governo também espera leiloar os terminais portuários em 2018. Serão três terminais para combustíveis em Cabedelo (PB) e dois em Santos (SP). Os dois terminais no porto de Suape (PE), um para contêineres e outro para automóveis, ainda estão em fase de estudos técnicos, ou seja, nos estágios iniciais do processo.

O PPI também decidiu que o trecho das rodovias BR 364 e 365 em Goiás e Minas será uma concessão simples, ou seja, não envolverá contraprestação do governo como ocorre nas Parcerias Público-Privadas (PPI). Foi uma formalidade para seguir com os preparativos da concessão.

O secretário de Fomento e Parcerias do Ministério dos Transportes, Dino Antunes, disse que o avanço dessa concessão está atrelado à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) em relação a outro projeto: a Rodovia de Integração do Sul (RIS). O que for decidido em relação a ela pautará o modelo para a 364/365. Não há previsão de data para uma decisão do TCU.

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