Roberto Campos Neto será o novo presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto será o novo presidente do Banco Central

Diretor do Banco Santander se reuniu com Paulo Guedes por cerca de uma hora

AE

Roberto Campos Neto deverá substituir Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central

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O executivo Roberto Campos Neto, atualmente diretor do Banco Santander, foi indicado pela equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro para presidir o Banco Central. Ele vai substituir Ilan Goldfajn que já comunicou ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que não permaneceria por razões familiares e pessoais.

A informação do nome de Campos Neto foi ratificada por fonte da equipe de transição do novo governo, mas ainda não houve uma confirmação oficial. A permanência do economista Mansueto Almeida à frente da Secretaria do Tesouro Nacional também foi confirmada. Roberto Campos Neto esteve no escritório de transição montado no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) na última terça-feira e reuniu-se com Guedes por cerca de uma hora. Saiu sem falar com a imprensa.

Naquela mesma noite, um integrante da equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, teceu muitos elogios ao economista. Com potencial para mexer no mercado, o nome de Roberto Campos Neto, ainda deve ser apresentado por Guedes a Bolsonaro. A expectativa é que isso ocorra ainda durante o feriado, quando o movimento no mercado diminui.

Mais cedo, a assessoria do economista Paulo Guedes, futuro ministro da economia do governo de Jair Bolsonaro, informou que a escolha do nome para comandar o Banco Central estava em fase final de definição e, assim que confirmada, seria devidamente anunciada. Perfil Roberto de Oliveira Campos Neto, como o nome indica, é neto do economista Roberto Campos, ministro do Planejamento no governo do general Castelo Branco e um dos principais expoentes brasileiros do pensamento liberal na economia.

O futuro presidente do BC está no quadro de executivos do Banco Santander há 16 anos. Atualmente é responsável pela Tesouraria. Campos Neto é economista e tem especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e é reconhecido por alguns no mercado por seu perfil técnico. Iniciou a carreira no banco espanhol como chefe da área de renda fixa internacional, cargo que ocupou de 2000 a 2003. No ano seguinte, migrou para a gestora Claritas, onde ocupou a posição de gerente de carteiras.

Em 2005, voltou ao Santander como operador e em 2006 foi chefe do setor de trading. Em 2010, passou a ser responsável pela área proprietária de tesouraria e formador de mercado regional e internacional.

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