Sérgio Reis e deputado são alvos de operação da Polícia Federal

Sérgio Reis e deputado são alvos de operação da Polícia Federal

Ação tem objetivo de apurar eventual crime de incitar população a praticar atos violentos contra a democracia

R7

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A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (20), mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Os agentes estão em endereços em cinco estados, além do Distrito Federal, e parte deles está ligado ao cantor Sérgio Reis e ao deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).

Segundo a instituição, "o objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes".

Os mandados são cumpridos no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1). Um deputado federal é um dos alvos.

Entenda

Além do inquérito na PGR, na última terça-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para apurar ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) feitas pelo cantor Sergio Reis e outras pessoas em áudios que circularam nas redes sociais no último fim de semana.

Nas gravações, Sergio Reis diz que os caminhoneiros vão parar o país em setembro se o Senado não retirar alguns dos ministros do STF. "Se em 30 dias não tirarem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”, declara o artista.

Em um vídeo, Sergio Reis, ao lado de supostos caminhoneiros, reforça as ameaças:  "Vocês [senadores] têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os ministros do Supremo Tribunal Federal. Não é um pedido, é uma ordem. É assim que eu vou falar com o presidente do Senado. Isso é uma ordem."

O R7 entrou em contato com a assessoria do artista e aguarda resposta. O espaço está aberto.

Deputado denunciado 

Em relação a Otoni de Paula, em julho ele acabou denunciado pela PGR por supostamente ter praticado crimes injúria, coação e difamação, injúria contra Alexandre de Moraes. Em vídeos, ele ofende o ministro.

Otoni de Paula disse, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, que o Brasil está vivendo "um estado de exceção" e deixou claro em seu vídeo que não vai mudar sua postura, como crítico aos ministros do STF. "Eu não vou recuar um milímétro. Este deputado federal aqui, investido da autoridade parlamentar, nao vai recuar um milímetro. Se alguém acha que vou deixar de falar o que penso, não vou fazer isso", afirmou.

 "Num estado de exceção você pode ser preso. O ministro Alexandre de Moraes tem tido um comportamento ditatorial. Hoje em dia ele tem sim a autoridade e a prerrogativa de prender todos aqueles que ele acha que ameaça (sic) a democracia brasileira", completou o parlamentar. Ele teve o computador e celular apreendidos e deve se apresentar às autoridades ainda nesta sexta-feira. 


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