"Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável", diz Janot

"Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável", diz Janot

Ex-procurador-geral da República rebateu no Twitter declarações de comandante do Exército

AE

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot

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"Isso definitivamente não é bom", afirmou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em reação às declarações do general do Exército Eduardo Villas Bôas, nesta terça-feira. Por meio do Twitter, o comandante militar questionou sobre "quem está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais" e disse que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais". "Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável. Mas não acredito nisso realmente", criticou Janot.


O militar afirmou que o Exército "julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia". O general não citou nomes em sua mensagem, e questionou:"Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?".

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Recado

Segundo apurou a colunista Eliane Cantanhede, do jornal O Estado de S. Paulo, a mensagem do comandante do
Exército foi um recado aos "interesses" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá seu habeas corpus preventivo julgado nesta quarta-feira. Generais ouvidos pela jornalista, no entanto, descartam que a mensagem seja uma ameaça.

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