Secretária do Ministério da Saúde defende tratamento precoce e critica escolas fechadas

Secretária do Ministério da Saúde defende tratamento precoce e critica escolas fechadas

Para Mayra Pinheiro, ao evitar atividades presenciais no ensino, um dos efeitos negativos foi não permitir a imunidade de rebanho

R7

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A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou à CPI da Covid, no Senado Federal, que o tratamento precoce é comum a todas as doenças no mundo inteiro. Ela, que é considerada uma das principais defensoras do medicamento cloroquina para a Covid-19 dentro do Ministério da Saúde, também declarou que tratamento precoce é normal para todas as doenças, em todos os países do mundo.

"Mas é preciso dizer que o Ministério da Saúde nunca indicou tratamento contra a covid. Nós estabelecemos doses seguras para que os médicos brasileiros pudessem usar esses medicamentos (cloroquina e hidroxicloroquina) com seus pacientes", argumentou. Mayra é acusada de ter se aproveitado do colapso da saúde no Amazonas, em janeiro deste ano, para defender a cloroquina.

Além disso, Mayra declarou que um dos maiores erros do combate à pandemia no país foi fechar as escolas. Entre os efeitos negativos, segundo ela, está o de não permitir a "imunidade de rebanho" neste grupo específico. 

A resposta foi dada a uma pergunta  feita pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), que exibiu um vídeo no qual ela contestava, em 2020, o fechamento de escolas dizendo que ações de restrição como essas impediram a imunização rápida da população. 

"Eu preciso que isso seja contextualizado. O efeito rebanho não pode ser utilizado indistintamente para todos os grupos, porque não é possível que a gente vá prever quanto eu tenho que expor da população para esse benefício, o que vai resultar em muitas mortes", afirmou a secretária, que também é pediatra.

Ela disse ainda não se lembrar de ter se manifestado a favor da tese de imunidade de rebanho em outras ocasiões e afirmou que o Ministério da Saúde jamais defendeu essa tese. "No meu áudio, se tratava de uma declaração sobre as crianças, e eu era contra a retirada delas das escolas", explicou Mayra Pinheiro. 

"(Fechar as escolas) Foi uma das maiores agressões a essa população. Nós privamos as crianças carentes da merenda escolar e do bem mais importante para transformação social do país, que é a educação", argumentou ela. "Como pediatra, fiz vários estudos, e hoje nós temos a certeza que as crianças têm 37,5 vezes menos chance de contrair a doença, e a possiblidade de transmissão também é baixa."

 


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