Segurança e Saúde ganham destaque em debate dos candidatos a prefeito de Porto Alegre
Melo e Marchezan debateram por uma hora e meia na Rádio Guaíba
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O debate foi dividido em dois blocos. No primeiro, com temas pré-selecionados pela produção, Melo e Marchezan falaram sobre Educação, Mobilidade Urbana, Saúde e Segurança. A segurança novamente foi o tema que gerou maior discussão com Marchezan criticando a atual administração e apresentando dados que apontam Porto Alegre como uma das capitais mais inseguras do País. Melo, por sua vez, defendeu a atual administração destacando medidas feita, como o centro integrado de segurança. O atual vice-prefeito ainda apontou as dificuldades da Brigada Militar como um fator que aumenta o problema da insegurança na cidade.
Na saúde, os dois candidatos debateram a questão da informatização dos postos de saúde. Marchezan voltou a criticas as esperas nas filas e disse que vai acabar com isso possibilitando a marcação de atendimento por telefone. Melo, no entanto, disse que trocar fila presencial por uma no telefone não é o problema. O peemedebista afirmou que já existe informatização na saúde da Capital e disse que Marchezan não conhece a realidade dos postos da cidade.
Já no segundo bloco, os temas foram livres. Sebastião Melo iniciou criticando as alianças com outros partidos feitas por Marchezan no segundo turno. No momento em que os ânimos mais se acirraram, Marchezan disse que Melo estava desesperado ou sem entender suas respostas. Depois, os temas finanças e políticas para idosos encerraram o debate.
Confira o que os candidatos falaram sobre os principais temas:
Segurança
Melo
• “Esse é um tema de muito interesse para a sociedade brasileira, para o RS e a nossa cidade. A prefeitura tem papéis importantes, que começam com boa iluminação pública, escolas em tempo integral para as crianças, a Guarda Municipal já faz um policiamento ostensivo, mas é claro que faltam PMs em Porto Alegre. A criação de convênios com a BM é boa. Quero criar um fundo municipal de segurança, que vai poder bancar isso sem o aumento de impostos, mas também não podemos esquecer da Guarda Municipal”.
Marchezan
• “Nós temos a capital com o maior índice de roubo de veículos do Brasil, com quatro vezes mais homicídios que São Paulo e duas vezes que o Rio de Janeiro. O prefeito tem também que assumir o comando dessa situação da segurança pública. Temos de planejar e executar o que já existe em outros municípios, com uso de tecnologia e criação de convênios com a Brigada Militar”.
Mobilidade Urbana
Marchezan
• “As pessoas precisam sem movimentar menos para ter seus serviços públicos, privados e de lazer. Devemos ter uma bilhetagem interligada com bicicleta, táxis, lotações e catamarã. Tudo isso tem espaço para avançar em POA. As obras devem ter prazo para iniciar e finalizar porque elas têm reflexo muito grande na questão da mobilidade. Temos que ter um transporte em Porto Alegre com segurança e bem mais conforto, tudo com tecnologias que existem em municípios vizinhos. Ônibus devem ser chipados para os usuários saberem que horas vai chegar na parada o coletivo que eles estão esperando”.
Melo
• “Acho que a cidade precisa ser refundada em algumas questões. O cidadão precisa que seu trabalho, a cultura e o lazer estejam próximos. Quero interligar o transporte coletivo através do bilhete único, com cidades como Canoas, Cachoeirinha. A Câmara está debatendo hoje os aplicativos. Tem que ter aplicativo, táxis, lotações, ônibus, catamarã e metrô futuramente. Vários meios para incentivar o transporte coletivo”.
Saúde
Marchezan
• “Vou acabar com a ficha as 5h da manhã para ser atendido. Isso é desumano. Vamos contratar empresas para as pessoas irem aos postos. Informatização não é botar um computador nos planos de saúde, é ter informatizações. Hoje não tem interligação entre as informações dos hospitais com os postos. Acho desumano ter que pegar ficha 5h, quando consegue. No meu governo, posso garantir que até o final do ano não vai ter que ia as 5h. Vai ligar ou vai ir lá com respeito marcar a sua consulta, que vai resolver 80% dos seus problemas.
Melo
• “A informatização dos postos é uma realidade do município. Avançar e interligar é um sistema do SUS. Quero lhe convidar para acompanhar isso, pois está mal informado. Não posso transferir a fila presencial para a do telefone. Tem que ter o acolhimento, dos 50 que estão lá quem vai ser atendido primeiro, segundo, terceiro. Temos mais 100 especialidades atendidas lá na ponta. Eu vou melhorar a saúde de Porto Alegre. Essas melhorias são continuas. Não acabo com a fila com decreto, com gestão boa”.
Ouça o debate na íntegra
