Seis inquéritos do MP gaúcho miram extinções
Promotoria de Defesa do Patrimônio Público apura possível prejuízo com medidas do governo
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Os inquéritos não barram as extinções, mas, conforme seu desfecho, podem gerar embargos futuros. “Parece haver certa precipitação do governo. Tanto na competência administrativa como na trabalhista, há o risco de chegar lá na frente e precisar reverter o processo. Na esfera administrativa o mais prudente seria pelo menos aguardar pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na trabalhista, não se deve esquecer que mesmo a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes no STF pode não ser mantida”, elenca o presidente do Instituto Brasileiro de Altos Estudos de Direito Público e do Instituto de Direito Administrativo do Rio Grande do Sul e professor da PUCRS e da Ufrgs, Juarez Freitas.
No caso do MP, a abertura dos inquéritos significa que expedientes anteriores apontaram a existência de elementos suficientes para dar início a averiguações. Os procedimentos, contudo, são demorados. Caso um ou mais dos inquéritos conclua que há prejuízo, a Promotoria ajuiza as respectivas ações civis, que podem se arrastar.
Sobre a FZB, já tramita na 10ª Vara da Fazenda Pública desde fevereiro uma ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente do MP. Ela pleiteia que o Estado apresente um plano garantindo continuidade dos serviços do Jardim Botânico e do Museu de Ciências Naturais.