Sem acumular secretaria, Gabriel Souza coordenará projetos especiais no RS
Vice-governador já trabalha em programas ligados à educação e por recursos para o South Summit
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Gabriel Souza (MDB) não terá uma secretaria acumulada à função de vice-governador, como ocorreu com Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) no primeiro governo de Eduardo Leite (PSDB). Mas nem por isso será um "vice decorativo". Na primeira reunião do governo com o secretariado, nesta quinta-feira, Gabriel foi confirmado como coordenador do Gabinete de Projetos Especiais, que contará com outos gabinetes como os da Casa Civil e das secretarias de Planejamento, Gestão e Governança e da Fazenda, conforme Leite.
Entre os projetos já divulgados, ficam sob o guarda-chuvas do gabinete do vice-governador os programas de qualificação de professores, Primeira Infância, Jovem Aprendiz, Todo Jovem na Escola, estes ligados à educação, considerada prioridade no novo ciclo de governo, além da Operação Verão e da parte que cabe ao Estado na realização do South Summit.
Sobre o último tema, Gabriel esteve na quarta-feira em Brasília e em São Paulo, buscando recursos para a realização do evento de tecnologia em Porto Alegre. Na capital federal, Gabriel reuniu-se com a ministra da Ciência e Tecnologia, a quem fez o convite para ser uma das painelistas, e com a direção do Banco Central.
A previsão é que o investimento total no South Summit seja R$ 25 milhões. Deste valor, cerca de R$ 15 milhões são do governo do Estado, que é correalizador do evento. O restante vem de recursos da prefeitura de Porto Alegre e da iniciativa privada.
Sucessor em 2026?
"O Gabriel é uma figura que tem habilidade política forjada no Parlamento, mas tem uma capacidade técnica muito interessante e se apropria muito bem dos assuntos", afirmou Leite após a reunião. O governador disse que terá a última palavra, mas se sente confortável a delegar a articulação dos projetos.
Questionado se esse papel seria uma espécie de "preparação" do Gabriel como seu sucessor, Leite sorriu e garantiu não pensar na próxima eleição, mas afirmou que o vice é "uma figura que estará daqui a quatro anos como alguem com disponibilidade e disposição para assumir um papel relevante na política gaúcha".
