Senado decidirá se instala CPIs na próxima semana, diz Pacheco

Senado decidirá se instala CPIs na próxima semana, diz Pacheco

Rodrigo Pacheco vai se reunir com líderes partidários para discutir viabilidade de criação de comissões até a próxima terça-feira

R7

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quarta-feira (29) que os pedidos de instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) apresentados a ele serão analisados até a semana que vem. Segundo ele, todos os líderes partidários serão consultados sobre a possibilidade de criação dos colegiados e, até a próxima terça-feira (5), ele vai ler os requerimentos de CPI no plenário do Senado.

A leitura dos pedidos por parte do presidente do Senado é o primeiro passo para que uma comissão de inquérito seja aberta. Na sequência, é necessário que cada bancada indique representantes para a CPI, que deve ser formada por 11 senadores. Assim que esse número for atingido, o colegiado pode ser instalado.

Pacheco disse que vai avaliar se todos os pedidos de CPI entregues a ele atendem aos requisitos necessários para instalação (quantidade mínima de assinaturas, fato determinado e tempo de funcionamento), bem como se os requerimentos mais antigos devem ter preferência. Contudo, ele destacou que vai conversar com os senadores sobre a viabilidade de aberturas de CPI em ano eleitoral. Para o senador, as eleições podem comprometer a efetividade de uma comissão de inquérito.

"A maioria dos senadores está defendendo a existência de CPI e não há limitação para que elas possam existir. Mas o que temos que avaliar é o quanto será a dedicação e a possibilidade efetiva de se fazer valer o compromisso de uma CPI, que é de investigar verdadeiramente fatos que estão nela contidos", opinou Pacheco.

"Essa responsabilidade do Senado e dos líderes é que temos que ter, sobre a efetivação de instituto importante, mas que precisa funcionar. Se instalar, é para funcionar. E no momento pré-eleitoral, é um momento adequado para se fazer isso? Com tantos problemas que estamos tentando remediar. Não haverá tendência da minha parte, apenas jogar para a reflexão dos líderes" acrescentou.

No momento, há quatro requerimentos de CPI no Senado. O mais recente, apresentado nesta semana, pede uma investigação acerca das denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação ao longo da gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Além deste, há um que visa apurar obras públicas iniciadas entre 2006 e 2018, mas que ainda não foram concluídas e também o uso indevido do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

Outro requerimento quer investigar a relação entre a ampliação dos índices de homicídio de jovens e adolescentes brasileiros no período de 2016 a 2020 e a atividade do narcotráfico. Por fim, há um pedido de CPI para investigar a liberação de recursos públicos para organizações não governamentais (ONGs) entre janeiro de 2002 e agosto de 2019.

De todo modo, Pacheco frisou que se uma CPI for instalada, todas as demais serão. "O que cabe à Presidência nesse instante, sem preterir nenhuma iniciativa, é tratar todas de forma igualitária e isonômica. A Presidência vai recolher todos os requerimentos. Vamos ouvir a Advocacia do Senado e a Consultoria do Senado, e vamos tomar melhor a decisão."


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