Senador confirma saída do PR da base aliada do governo

Senador confirma saída do PR da base aliada do governo

Ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento anunciou a entrega de todos os cargos

AE

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Depois de um embate com a bancada de senadores do partido, o presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), anunciou, no início da noite desta terça-feira, a "declaração de independência" do partido da base de sustentação do governo no Congresso. O ex-ministro dos Transportes, afastado do cargo após denúncias de corrupção na pasta, explicou que o partido atuará de forma independente, mas com responsabilidade e entregará todos os cargos no governo. A exceção é para o cargo de ministro dos Transportes, já que Paulo Sérgio Passos é da cota da presidente Dilma Rousseff. "Ele (Passos) é um técnico que merece nosso respeito", disse Nascimento.

Ele avisou, no entanto, que, embora filiado ao PR, o partido não o reconhece como "legítimo representante" no governo. O ex-ministro frisou que a nomeação de seu sucessor "reflete a decisão pessoal da presidente da República". O senador Blairo Maggi (PR-MT) e outros parlamentares chegaram a defender, publicamente, que Passos se desfiliasse do PR para continuar no cargo. "Se não, nosso discurso (de entregar os cargos) fica atravessado", argumentou Maggi. Mas Nascimento atribuiu à cota presidencial a permanência de Passos no cargo e no partido.

Entre outros cargos, o PR ainda controla a diretoria de Engenharia de Furnas, ocupada por Mário Márcio Rogar, indicado pelo partido. Além disso, o irmão do líder do PR no Senado, Magno Malta - Maurício Malta - é assessor parlamentar no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O senador Clésio Andrade (PR-MG) conseguiu preservar no cargo o diretor da Superintendência do Dnit em Minas Gerais, Sebastião Donizete.

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