Senador Randolfe Rodrigues anuncia saída do PSol e deve integrar Rede

Senador Randolfe Rodrigues anuncia saída do PSol e deve integrar Rede

Luciana Genro avalia que partido ganha com a mudança, por posições incompatíveis do parlamentar

Gabriel Jacobsen / Rádio Guaíba

Senador Randolfe Rodrigues anuncia saída do PSol e deve integrar Rede

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O senador Randolfe Rodrigues, único eleito pelo PSol para o atual mandato, anunciou neste domingo a sua desfiliação da legenda. O argumento de Randolfe é de que “o ambiente político exige uma maior capacidade de articulação política” e “multiplicidade de relações”. O provável destino do ex-socialista é a Rede Sustentabilidade, sigla que teve o registro aceito pela Justiça Eleitoral na última semana. Com ele, já são duas baixas no partido nos últimos dias. Isso porque a ex-senadora Heloísa Helena, uma das fundadoras do PSol, anunciou na sexta-feira que também integrará a Rede.

Apesar da legenda perder seu único senador, Luciana Genro, ex-candidata à Presidência da República pelo PSol, avalia positivamente a saída de Randolfe. Segundo ela, as diferenças ideológicas do senador com o PSol são antigas e ficaram evidentes em coligações realizadas pela sigla no Amapá, estado de origem de Randolfe.

“Eles realizaram no Amapá alianças muito além das fronteiras aceitáveis pelo PSol. Com figuras ligadas ao PSD, de Kassab, com partidos da direita. Então não é uma surpresa. É até um ganho para o PSol. Aqueles que não se adaptam à nossa luta por uma política fora do jogo tradicional devem buscar outros caminhos”, defendeu Luciana que, sem mandato, trabalha como assessora do deputado estadual gaúcho Pedro Ruas, da mesma sigla.

As alianças a que Luciana se refere são aquelas realizadas para composição da base de governo do prefeito de Macapá (AM). Clécio Luis, primeiro prefeito de uma capital brasileira pelo Amapá, também anunciou a saída do PSol.

Pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre, condição que deve ser confirmada na convenção, Luciana diz que as únicas coligações possíveis para sua candidatura são com PSTU e PCB, legendas que não têm vereadores eleitos na Capital. “Fora disso, que são partidos que se colocam no campo de oposição de esquerda ao PT, nós não estamos buscando outros que saiam desse arco, mas buscando movimentos reais que são parte real da cidade, parte da vida política do país e não se constituem enquanto partidos políticos”, explicou Luciana.

Além dos pessolistas, outros dois deputados federais já migraram para a Rede: Alessandro Molon, mais votado pelo PT fluminense nas últimas eleições, e Miro Teixeira, que estava no Pros desde 2013, quando deixou o PDT. O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, se manifestou, via Twitter, sobre os movimentos de filiação à Rede Sustentabilidade que provocam baixas também no PT.

“Ida de Molon e Randolfe para a Rede pode levá-la mais para a “esquerda”. Pelo que conheço dos dois não abraçarão direita liberal. Se Rede permanecer no espectro DEM-PSDB, estes dois líderes políticos não duram lá. São pessoas com posições muito progressistas”, avaliou.

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