Senadores deixam MP que flexibilizava Código Florestal caducar

Senadores deixam MP que flexibilizava Código Florestal caducar

Governo analisa se enviará nova medida, ou se vai protocolar projeto no Congresso

AE

Senado definiu acordo para não analisar MP

publicidade

Sem ser votada pelo Senado, a Medida Provisória 867, que flexibilizava as exigências a agricultores sobre o Código Florestal, caducou nesta segunda-feira. Na semana passada, os senadores fecharam acordo para não analisá-la, mesmo tendo sido aprovada pelos deputados. A MP foi editada no fim do ano passado pelo então presidente Michel Temer.

O governo analisa agora se envia outra medida provisória sobre o tema ao Congresso ou se edita um projeto de lei com urgência. Em ambos os casos, a tendência é apresentar texto semelhante ao que foi aprovado pela Câmara na análise da MP que perdeu a vigência.

Os deputados aprovaram a prorrogação, até 31 de dezembro de 2020, do prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). Esse programa regulamenta a adequação de áreas de proteção permanente (APP) e de reserva legal de propriedades rurais à legislação em vigor. Inicialmente, a MP previa prorrogar a adequação apenas para o fim deste ano.

Os deputados, porém, incluíram com apoio dos ruralistas, um "jabuti" que possibilitaria a anistia do desmatamento de uma área equivalente a duas vezes o Estado de Sergipe, cerca de cinco milhões de hectares quadrados. Assim, ela reduziria a obrigação de proprietários rurais recuperaram áreas ambientais desmatadas, permitindo a eles acesso a créditos públicos rurais.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895