Sindicatos reagem ao pacote de Sartori

Sindicatos reagem ao pacote de Sartori

Cpers e Fessergs fizeram duras críticas às medidas anunciadas pelo Piratini

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Para Helenir Schürer, o pacote é a concretização do "estado mínimo"

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Após o anúncio do pacote do governador José Ivo Sartori, entidades que representam os servidores reagiram às medidas "duras" divulgadas pelo Palácio Piratini. Enquanto uma vigília segue na praça da Matriz, em Porto Alegre, lideranças adotam um discurso forte contra as propostas. De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Helenir Aguiar Schürer, a avaliação do pacote será feita a partir desta terça. "Tenho certeza que no dia 8 (de dezembro) estaremos cruzando os braços contra a decisão do governo", destacou em entrevista para a Rádio Guaíba.

Para Helenir, o pacote é a concretização do "estado mínimo". "Não me surpreende que continue a mesma política. Não tem proposta nenhuma pra mudar a arrecadação", afirmou. "Vamos resistir e nos posicionar com força para evitar o caos no Rio Grande do Sul", garantiu.

O pacote também teve avaliação negativa do Presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud. "Esse pacote prejudicará todo o conjunto da sociedade, especialmente os servidores públicos. Nós entendemos que o governo tinha necessidade de adequar a situação do estado, porém ele teve dois anos pra discutir isso com a sociedade e com as entidades. Em véspera de Natal, vai causar um impacto muito grande e causar desemprego no período de recessão do pais", declarou.

O presidente da Fessergs informou que a entidade alavancou ideias desde o início do governo, sem sucesso. "Apontamos que a crise no estado é, principalmente, de receita, e isso não foi enfrentado. Apontamos para a necessidade da cobrança da dívida ativa, do combate à sonegação, entre outras coisas. Nada foi levado em consideração, até porque a ideia do governo é uma ideia ideologicamente afirmada na diminuição da prestação de serviço pelo estado", afirmou.

A Fessergs se reunirá com os deputados nesta sexta-feira para intensificar o movimento e, se necessário, recorrer ao Judiciário.

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