SSP quer sensação de segurança similar à da Copa no dia 24

O secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer, trabalha para que a população tenha, em relação aos eventos envolvendo o julgamento do ex-presidente Lula, sensação de segurança do mesmo patamar alcançado na realização dos jogos da Copa do Mundo em Porto Alegre em 2014. “Tenho trabalhado muito e rezado mais ainda”, resume o secretário, cuja postura nas reuniões vem recebendo elogios de dirigentes partidários e de movimentos sociais.

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Na Segurança, os eventos dos dias 22 a 24 são identificados como excelente oportunidade de marcar pontos em uma área que desde o início do governo é apontada como calcanhar de Aquiles e na qual os fatos negativos superam em muito os positivos. Na segunda-feira, após mais uma reunião do Grupo de Gestão Integrada (GGI), formado especificamente para tratar das ações de segurança do evento, o secretário vai detalhar, em coletiva, o aparato dos três dias. É quando será oficializado o perímetro a ser isolado a partir das 12h do dia 23: um grande quadrilátero em torno da sede do TRF4, que compreende a área entre a Rótula das Cuias e as avenidas Edvaldo Pereira Paiva, Loureiro da Silva e Augusto de Carvalho. Só ingressará nesse perímetro quem tiver autorização do TRF4. O espaço aéreo e uma larga faixa do Lago Guaíba, inclusive a partir da região das ilhas, já estão sendo monitorados.

A sede do TRF4 sediará o julgamento, mas não terá expediente a partir do horário do isolamento. O mesmo ocorrerá com outros prédios federais como a Procuradoria Regional da República no RS, os ministérios da Fazenda e da Agricultura, a Receita Federal, o IBGE e o Serpro. Também permanecerá fechada a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a Casa do Gaúcho e, até, uma churrascaria próxima ao Tribunal, onde está localizado, também, o Parque da Harmonia.

Na sexta-feira, Schirmer informou que o reforço do policiamento na Capital já estava em curso. Ele foi incrementado a partir da quarta, dia 17, e ocorreu de forma uniforme porque o governo não quer correr o risco de ser acusado de concentrar as forças de segurança na área do TRF4 e se descuidar das periferias. Segundo o secretário, o aumento no número de policiais e viaturas se deve ainda à combinação entre aparato instalado para o julgamento e o incremento no policiamento ostensivo, que é meta para 2018.

Grupo de Segurança integrado

O GGI, com representantes da SSP, Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil gaúchas, Polícia Federal, polícias rodoviárias Estadual e Federal, Agência Brasileira de Inteligência e Forças Armadas, foi formado há duas semanas. Por questões de segurança, tanto SSP como o grupo evitam precisar o efetivo que participará do aparato para o julgamento.

Até o momento, a SSP admitiu o destacamento das três unidades do Batalhão de Operações Especiais: além da de Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo, que totalizam 500 policiais, dos 150 soldados da Força Nacional que atuam na Capital e de aproximadamente 300 policiais de Porto Alegre que estavam na Operação Golfinho, no Litoral.

Confira no mapa abaixo como funcionará o esquema de segurança: