STF devolve julgamento do mensalão mineiro à primeira instância
Renuncia de Eduardo Azeredo conseguiu postergar julgamento por desvio de verbas
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Apenas o presidente do STF, Joaquim Barbosa, votou contra a transferência do processo para 1ª instância. Barbosa ainda salientou o risco do caso prescrever na justiça por mais um adiamento na análise dos supostos crimes de corrupção cometidos.
O relator do processo, ministro Luis Roberto Barroso, propôs que o tribunal fixasse regras para casos futuros de renúncia de parlamentares. A proposta seria de que, se a renúncia ocorrer após o recebimento da denúncia, o processo será julgado pelo STF. Apesar disso, ele salientou que não valeria para Azeredo imediatamente.
O retorno à primeira instância irá atrasar o julgamento. O ex-parlamentar renunciou ao mandato em fevereiro, após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar as alegações finais, última fase antes do julgamento da ação penal. Janot afirmou que Azeredo atuou como um maestro no esquema e que ele desviava recursos públicos em benefício próprio para financiar sua campanha política. O procurador também relatou que a prática dos crimes só foi possível por meio do esquema criminoso montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.