STF homologa delação premiada de Delcídio do Amaral

STF homologa delação premiada de Delcídio do Amaral

Ex-líder do governo firmou o acordo com a Procuradoria-Geral da República

AE

STF homologa delação premiada de Delcídio do Amaral

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O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e abriu o sigilo dos autos. O ex-líder do governo firmou o acordo com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações.

O senador teria feito acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À Procuradoria-Geral da República (PGR), Delcídio teria acusado Dilma de interferir no Judiciário para tentar barrar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Segundo ele, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcelo Navarro, teria sido nomeado após ter se comprometido a votar pela soltura de empreiteiros presos na Lava Jato. Na delação, Delcídio também teria afirmado que Dilma sabia do superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Na época, Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Sobre Lula, o senador teria dito que partiu do ex-presidente a ordem para que ele tentasse convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar José Carlos Bumlai numa eventual delação premiada.

No acordo, o ex-líder do governo no Senado também teria citado irregularidades envolvendo parte da bancada do PMDB na Casa, além de representantes da oposição, como o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG). No caso dos peemedebistas, os nomes mencionados teriam sido do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e de seu grupo mais próximo, formado pelos senadores Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE) e Valdir Raupp (RR).

Delcídio foi preso em novembro do ano passado sob acusação de tentar promover a fuga de Cerveró do País. O filho de Cerveró, Bernardo, entregou ao Ministério Público uma gravação sobre o suposto plano. Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro, após ter ficado quase três meses na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

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