STF nega pedido de Odebrecht para suspender por 60 dias análise de recurso

STF nega pedido de Odebrecht para suspender por 60 dias análise de recurso

Marcelo Odebrecht está preso desde junho de 2015, em Curitiba

AE

STF nega pedido de Odebrecht para suspender por 60 dias análise de recurso

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, negou na última sexta-feira, um pedido da defesa do executivo Marcelo Odebrecht para suspender por 60 dias a análise de um recurso contra a sua prisão. A decisão do
ministro foi feita num momento em que a colaboração entre o Grupo Odebrecht e a Lava Jato está na reta final.

Em abril deste ano, por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF manteve a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do País. O executivo está preso desde junho do ano passado, em Curitiba.

À época, Teori alegou que negava o pedido de liberdade porque Odebrecht havia tentado interferir nas investigações sobre o esquema de corrupção instalado na Petrobras.

Ao pedir ao ministro a suspensão por 60 dias da análise do recurso contra a prisão, a defesa de Odebrecht destacou que o grupo e o Ministério Público Federal "entabulam negociações sobre possível acordo de leniência com consequente acordo de colaboração de executivos e ex-executivos de empresas que o integram, entre eles o peticionário".

"Pendentes apenas embargos declaratórios opostos contra a decisão da 2ª Turma desta Corte de 26.4.2016 que, à unanimidade, conheceu do recurso e, por maioria, denegou a ordem, não há disposição legal que contemple dita pretensão, de modo que o pleito é de ser indeferido", comunicou Teori em despacho.

Delação

Conforme informou a edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo, o acordo entre o Grupo Odebrecht e a Lava Jato está previsto para ser firmado ainda neste mês. Naquele que será o maior acordo já feito pela operação, 53 executivos negociam delação e 32 depõem como lenientes (colaboradores a quem não são imputados crimes).

A Procuradoria-Geral da República informou aos advogados do grupo as penas a serem impostas e, agora, aguarda a resposta das defesas com os depoimentos já tomados. Depois, cada colaborador será ouvido pelos procuradores apenas para confirmar o teor do depoimento entregue por seu advogado.

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