STF suspende julgamento de denúncia contra José Otávio Germano
Corte definiu adiamento para evitar que sessão fosse até a madrugada
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Se os magistrados aceitarem a denúncia, Germano se tornará réu no Supremo. O deputado gaúcho é acusado de ter recebido recursos da Queiroz Galvão. O advogado dele, Marcelo Ávila de Bessa, sustentou que a Procuradoria-Geral da República não diferenciou a conduta individual dele da cúpula do partido, que teria recebido recursos para fins de campanha eleitoral.
Além dele, outros seis políticos do PP serão julgados no mesmo inquérito: o ex-deputado João Alberto Pizzolatti Júnior (SC), o deputado Mário Silvio Mendes Negromonte Júnior (BA) e o pai e ex-deputado Mário Silvio Mendes Negromonte, e os deputados Luiz Fernando Ramos Faria (MG), Roberto Pereira de Britto (BA) e Arthur César Pereira de Lira (AL).
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou os políticos pelos crimes de corrupção passiva e ocultação de bens. De acordo com a PGR, o grupo do PP sustentava politicamente o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Com isso, as empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão, Unipar e Andrade Gutierrez pagavam percentual de propina sobre contratos firmados com a Petrobras e venciam contratações de serviços milionários. Para que os valores pagos chegassem até os parlamentares, é apontado o envolvimento do doleiro Alberto Youssef.