Sucessão da secretaria de Educação depende de ajustes

Sucessão da secretaria de Educação depende de ajustes

Após saída de Vieira da Cunha, partidos se movimentam para novas indicações

Taline Oppitz

Sucessão da secretaria de Educação depende de ajustes

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Veira da Cunha oficializou sua saída da Secretaria da Educação para concorrer à Prefeitura de Porto Alegre, mas a sucessão na pasta ainda depende de alguns ajustes internos no governo José Ivo Sartori, apesar do momento delicado, em meio à greve do magistério e de ocupações nas escolas. O adjunto Luiz Alcoba de Medeiros ficará na interinidade até que a situação seja definida. O PDT mantém a preferência na indicação, mas há movimentos em outros partidos da base, insatisfeitos com o tratamento que os trabalhistas recebem do Executivo, que não seria condizente com a falta de fidelidade em votações difíceis na Assembleia. Há ainda descontentamento com a pré-candidatura de Vieira, já que o PMDB esperava pelo apoio do PDT a Sebastião Melo na disputa pelo Paço Municipal.

As principais críticas em relação à postura do PDT em votações polêmicas e importantes para o Executivo estão centradas no PMDB, partido de Sartori, e no PP, que estão entre as maiores bancadas no Legislativo. Em reuniões recentes, chegaram a ser cogitados nomes alternativos para a Secretaria da Educação. Entre eles, o de Nelson Boeira, ex-reitor da Uergs, ligado ao PMDB, que hoje atua como assessor especial no governo; e o do presidente estadual do PP, Celso Bernardi.

Apesar de os movimentos de aliados servirem, como pano de fundo, para ampliar a pressão visando à tentativa de um enquadramento maior do PDT, não pode ser descartada, por ora, que seja colocada em prática por Sartori uma recomposição de forças no primeiro escalão. Em tempo: a Educação tradicionalmente é uma das secretarias mais visadas nas negociações de espaços, mas, em função da crise financeira e da enorme demanda do setor, vem se transformando em um abacaxi.

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