Tarcísio diz que desentendimento com Bolsonaro passou: "Sempre serei leal e grato"

Tarcísio diz que desentendimento com Bolsonaro passou: "Sempre serei leal e grato"

Os aliados divergiram em razão da tributária; o governador de SP apoiou a aprovação enquanto o ex-presidente se posicionou contra

R7

Ministro deve deixar o governo para as eleições

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou neste domingo que o atrito entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro "passou" e que ele "sempre será leal e grato" ao ex-chefe do Executivo. "Se estou aqui eu devo a ele", disse. Os dois tiveram um desentendimento em razão da reforma tributária, já que o gestor paulista apoiou a aprovação mesmo com orientação contrária dada por Bolsonaro. 

"O presidente [Bolsonaro] é um grande amigo. A gente pode divergir em algum ponto sobre a reforma, é normal. Não é possível que a gente vá concordar sempre em tudo. Já era assim quando eu era ministro. Tinham situações que eu discordava dele, procurava assessorar da maneira mais respeitosa e leal possível. Sempre tive uma lealdade muito grande", declarou Tarcísio durante evento de comemoração à Revolução de 1932, em São Paulo.

O governador paulista confirmou ter conversado com Bolsonaro após a discussão. Na quinta-feira, antes da aprovação do texto pela Câmara dos Deputados, Tarcísio compareceu a uma reunião do PL e discursou em favor da reforma. Durante a fala, ele foi interrompido por Bolsonaro. "Se o PL estiver unido, não aprova nada", disse o ex-presidente, que em seguida foi aplaudido pelos políticos que estavam na reunião.

Na reunião, Tarcísio foi vaiado por alguns políticos do PL. Na ocasião, ele defendeu que o partido não poderia abrir mão de se posicionar a favor da reforma. "O que eu estou querendo explicar com a maior humildade do mundo é que eu acho arriscado para a direita abrir mão da reforma tributária", disse.

O PL possui a maior bancada da Câmara, com 99 deputados. Apesar da avaliação de Bolsonaro, 20 parlamentares do partido votaram a favor do texto no primeiro turno e 18, no segundo turno, contrariando a orientação partidária. Na avaliação de Tarcísio, o texto aprovado foi o "texto possível". "Esse processo de reforma tributária, como é denso e complexo, estará sempre sujeito a aperfeiçoamentos. O Senado agora dará a contribuição dele e a gente espera que essa reforma seja a melhor para São Paulo e para o Brasil", reiterou o governador, neste domingo. 


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