Temer afirma que Brasil está superando recessão e caminhando para crescimento
Presidente garantiu para investidores que se pode colocar recursos no País
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"Trago mensagem de otimismo, estamos no rumo certo. Temos clareza do que pode ser feito e coragem para fazer agenda de transformação do Brasil. Nossa determinação é fazer do Brasil um País com mais oportunidades", disse Temer. Entre os indicadores que sinalizam, segundo ele, o início da retomada econômica estão o crescimento de 5,5% da venda de veículos em março ante o mesmo período de 2016, algo que não acontecia há 26 meses.
O presidente também mencionou o avanço interanual de 1,4% da produção industrial de janeiro, mas não citou a queda de 0,80% registrada em fevereiro na mesma base de comparação. O dado foi divulgado nesta terça-feira e frustrou o mercado, que esperava alta de 0,40%, conforme mediana da pesquisa do Projeções Broadcast.
Temer também voltou a reforçar que inflação caminha para terminar o ano abaixo da meta de 4,5% e que a Selic deve cair para um dígito. Nesse ponto, ele também citou a queda da TJLP de 7,5% para 7,0%, que vão atrair mais investimentos de longo prazo. O emprego foi apontado como o último componente a reagir de uma recessão, mas o presidente ressaltou mais uma vez a criação de cerca de 35 mil vagas formais de emprego em fevereiro.
A valorização das empresas estatais no seu governo, como a Petrobras, e o sucesso dos leilões de aeroportos, portos de Santarém e da Celg também foram citadas outra vez por Temer. Segundo ele, a credibilidade do País está de volta, como mostra a mudança da perspectiva do rating brasileiro pela Moody's de negativa para estável. "É possível que logo retomemos por inteiro o grau de investimento."
O peemedebista também reafirmou a relação entre a responsabilidade fiscal e responsabilidade social, citando a importância da aprovação das reformas para a retomada da economia e para gerar emprego. "Reforma é palavra de ordem em 2017."
Previdência
Em relação às revisões na aposentadoria, houve forte defesa. Temer reforçou que há um déficit gigantesco na Previdência, que somou em 2016 mais de R$ 150 bilhões de reais e que tende a aumentar. "Negar o déficit na Previdência é recorrer a falsa contabilidade. Se nada for feito, em dez, 12 anos, só teremos verba para pagar a aposentadoria e a folha salarial", diz.
Ele também admitiu que adequações podem ser feitas, já que o "Congresso é o senhor da reforma". Temer também criticou os opositores da reforma. "Espalhem que a reforma é essencial e estão acima de interesses de grupos. Aqueles que se rebelam são os mais privilegiados do sistema."
Reforma trabalhista
O presidente também citou mudanças das leis trabalhistas trabalhista, que visa adaptá-las ao mundo contemporâneo, e a simplificação tributária, que deve reduzir o tempo gasto pelas empresas no pagamento de impostos em 600 horas, das 2,6 mil horas previstas atualmente. Houve ainda menção à injeção de recursos na economia, por meio do cartão reforma e da liberação do saldo das contas inativas do FGTS, que totalizam R$ 41 bilhões.