Trama política impediu aprovação da reforma da Previdência, afirma Temer
Em reunião ministerial, presidente disse que seus detratores foram presos
publicidade
O presidente também reivindicou para si o fato de ter colocado o tema na pauta do País. "O que mais se fala agora é precisamente o momento em que se fará a reforma da Previdência", comentou. "Ela será feita, não tem a menor dúvida de que isso será feito", enfatizou.
Falando sobre as tramas que impediram que a reforma fosse aprovada, ele se referiu à gravação de uma conversa sua com um dos donos do grupo J&F, Joesley Batista, na qual o executivo disse ter "zerado" pendências com o ex-deputado Eduardo Cunha e que por isso estaria "de bem" com ele. Ao que, aparentemente, o presidente responde: "tem de manter isso, viu?".
Em seu discurso, Temer frisou que essa foi uma trama construída contra ele, e que isso já foi revelado. "O pessoal que entrou com gravadorzinho da feira do Paraguai (centro popular de comércio de eletrônicos em Brasília) acabou preso. Procuradores que já trabalhavam para a empresa enquanto estavam na Procuradoria foram denunciados", acrescentou, referindo-se ao ex-procurador Marcelo Miller, que trabalharia também para o escritório Trench Rossi Watanabe, que na época tinha a J&F entre suas clientes.
"Devo enfatizar o fato que naquela gravação criou-se uma frase falsa, uma frase falsa depois detectada quando se ouviu o áudio", afirmou o presidente. "Mas certos setores da imprensa pegaram aquilo e tentaram cravar na minha voz, na minha palavra, a frase que não existe", finalizou