TRE pede que Procuradoria Eleitoral interceda pela cassação de Gilmar Sossella

TRE pede que Procuradoria Eleitoral interceda pela cassação de Gilmar Sossella

Legislativo sustenta haver prazo de cinco dias para pedetista se defender

Voltaire Porto / Rádio Guaíba

Sossella teve mandato cassado em função de processo por denúncias de servidores do Legislativo

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reagiu à resistência da Assembleia Legislativa em relação ao descumprimento da ordem para cassar o deputado Gilmar Sossella, do PDT. A Corte encaminhou ofício nesta quarta-feira à Procuradoria Regional Eleitoral, a quem cabe adotar providências para que a decisão seja respeitada.

O secretário judiciário do TRE, Rogério Vargas, explica que a intenção do movimento é que a decisão seja cumprida. “Nós só queremos que a Procuradoria adote os caminhos cabíveis para cumprir a decisão, existem várias searas e uma delas é criminal. Se essa postura for mantida se caracteriza o crime de desobediência judicial e o presidente da Casa pode ser responsabilizado”, analisou.

Por outro lado, o presidente do Parlamento, Edson Brum, já sinalizou que a definição do caso só vai ocorrer na próxima terça-feira, quando acontece a reunião de líderes. Ainda em nota divulgada, nesta quarta-feira, a Assembleia Legislativa sustentou que o prazo é de cinco dias para que Sossella se defenda junto aos pares. Uma das alegações apresentadas é de que, se esse rito não for respeitado, há o risco de anular a cassação.

A PRE ainda não recebeu o ofício encaminhado pelo TRE pedindo providências para agilizar o afastamento do ex-presidente da Casa. Porém, a assessoria de imprensa informou que, antes disso, o procurador, Marcelo Beckhausen, já enviou dois pedidos de esclarecimentos para o presidente Edson Brum, do PMDB, que ainda não receberam retorno.

Sossella teve o mandato cassado em função de processo instaurado após denúncias de servidores do Legislativo que, durante a campanha de 2014, declararam estarem sendo coagidos pelo deputado a adquirirem convites para um jantar de arrecadação de fundos, no valor de R$ 2,5 mil cada. O jantar foi realizado no dia 3 de setembro de 2014. A defesa recorre ao TSE, até quinta-feira, tentando reverter a cassação.

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