TRE-RS encerra período de auditoria nas urnas eletrônicas
Equipamentos têm diversas camadas de segurança que funcionam como um efeito dominó
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De acordo com o Dall'Agnol, é importante demonstrar para a população que os trabalhos realizados com a urna são de transparência, licitude e verificação completa dos dados. Com relação à segurança da urna, enfatizou que qualquer desconfiança que recaia sobre o equipamento é infundada. "É impossível hackear as urnas porque elas não são ligadas à internet e, deste modo, não podem ser hackeadas. Elas funcionam com um mecanismo de digitação para apuração e computação dos votos lançados, mas não há nenhum modo de se invadir as urnas", explicou.
Conforme Dall'Agnol, as urnas têm diversas camadas de segurança que funcionam como um efeito dominó. "Se uma delas é ultrapassada, há um travamento total das urnas de modo que não se possa mais seguir com qualquer tentativa de intromissão através de terceiros. Não bastasse isso, é feita uma testagem pública seis meses antes das eleições e, além da auditoria realizada, no dia da eleição teremos novas auditorias para garantir a segurança da votação", enfatizou.
Com o objetivo de proporcionar maior transparência do processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que, em todo o Brasil, as urnas eleitorais possam ser auditadas quando forem preparadas. O objetivo é confirmar a confiabilidade do voto eletrônico, consolidada ao longo de 22 anos. Todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) devem promover a auditoria, por amostragem, das urnas eletrônicas utilizadas pelas Zonas Eleitorais de sua circunscrição.
No momento em que ocorrer o carregamento das urnas com os softwares e os demais dados necessários para o pleno funcionamento das eleições, é escolhida, aleatoriamente, uma urna de cada Zona, para ser auditada. Em Porto Alegre, o processo é feito por servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e, no interior do Estado, são os servidores de cada Cartório Eleitoral e técnicos contratados que executam a tarefa. O trabalho, coordenado pelo juiz de cada Zona Eleitoral e pelo respectivo chefe de Cartório, é público, e pode ser acompanhado por representantes do Ministério Público, dos partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou por qualquer pessoa interessada.