TRE-RS encerra período de auditoria nas urnas eletrônicas

TRE-RS encerra período de auditoria nas urnas eletrônicas

Equipamentos têm diversas camadas de segurança que funcionam como um efeito dominó

Jessica Hübler

Período de auditoria nas urnas eletrônicas foi encerrado

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A preparação das urnas eleitorais para o pleito deste ano foi encerrada nesta sexta-feira, bem como a auditoria dos equipamentos. O fim do período de carga, quando os dados dos candidatos e dos eleitores são instalados, foi acompanhado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), desembargador Jorge Luís Dall’Agnol e pela vice-presidente e corregedora da instituição, desembargadora Marilene Bonzanini, no depósito onde as urnas são armazenadas, na zona Norte de Porto Alegre. Ficam 3,3 mil equipamentos no local, que serão distribuídos nas 10 Zonas Eleitorais e nos respectivos locais de votação da Capital, procedimento que inicia no dia 5 de outubro.



De acordo com o Dall'Agnol, é importante demonstrar para a população que os trabalhos realizados com a urna são de transparência, licitude e verificação completa dos dados. Com relação à segurança da urna, enfatizou que qualquer desconfiança que recaia sobre o equipamento é infundada. "É impossível hackear as urnas porque elas não são ligadas à internet e, deste modo, não podem ser hackeadas. Elas funcionam com um mecanismo de digitação para apuração e computação dos votos lançados, mas não há nenhum modo de se invadir as urnas", explicou.

Conforme Dall'Agnol, as urnas têm diversas camadas de segurança que funcionam como um efeito dominó. "Se uma delas é ultrapassada, há um travamento total das urnas de modo que não se possa mais seguir com qualquer tentativa de intromissão através de terceiros. Não bastasse isso, é feita uma testagem pública seis meses antes das eleições e, além da auditoria realizada, no dia da eleição teremos novas auditorias para garantir a segurança da votação", enfatizou.

Com o objetivo de proporcionar maior transparência do processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que, em todo o Brasil, as urnas eleitorais possam ser auditadas quando forem preparadas. O objetivo é confirmar a confiabilidade do voto eletrônico, consolidada ao longo de 22 anos. Todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) devem promover a auditoria, por amostragem, das urnas eletrônicas utilizadas pelas Zonas Eleitorais de sua circunscrição.

No momento em que ocorrer o carregamento das urnas com os softwares e os demais dados necessários para o pleno funcionamento das eleições, é escolhida, aleatoriamente, uma urna de cada Zona, para ser auditada. Em Porto Alegre, o processo é feito por servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e, no interior do Estado, são os servidores de cada Cartório Eleitoral e técnicos contratados que executam a tarefa. O trabalho, coordenado pelo juiz de cada Zona Eleitoral e pelo respectivo chefe de Cartório, é público, e pode ser acompanhado por representantes do Ministério Público, dos partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou por qualquer pessoa interessada.

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