TRF mantém presos dirigentes da Engevix e da OAS
Relator negou o habeas por entender que existem indícios de pagamento de propina para outras estatais
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As defesas alegaram que a Justiça está sendo pressionada a julgar conforme o apelo da mídia e da opinião pública, que os clientes não eram criminosos, mas empresários e que não ofereciam o alegado risco à ordem pública ou perigo de fuga. Sustentaram ainda que o juiz Sérgio Moro não individualizou a conduta dos investigados e está os tratando de forma desigual, soltando alguns e mantendo outros na cadeia.
Conforme o relator do caso, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, o país está diante de um caso ímpar e complexo. “Nunca tivemos no Brasil um caso dessa envergadura, dessa dimensão econômica. São crimes de alta lesividade ao patrimônio público”, observou durante a sessão de julgamento.
Segundo Gebran, Moro detalhou os fatos e descreveu como cada um dos réus foi apontado nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele também frisou existirem indícios de que os investigados não agiam apenas na Petrobras, mas em outras estatais, também pagando propina.