TRF4 pode julgar Lula no segundo semestre, de acordo com presidente da 8ª Turma

TRF4 pode julgar Lula no segundo semestre, de acordo com presidente da 8ª Turma

Leandro Paulsen falou sobre recentes publicações de conversas envolvendo Moro e Dallagnol

Rádio Guaíba

Paulsen afirma não ter razão para "atropelar ou retardar" julgamento

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O presidente da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Leandro Paulsen, estimou, nesta terça-feira, que o processo que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o sítio de Atibaia possa ser julgado no segundo semestre do ano. Paulsen deu a declaração durante a cerimônia de entrega do Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao presidente do TRF4, desembargador Thompson Flores, no plenário da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

“Não tarda muito, junto à nossa turma, mas o relator terá de trabalhar nesse processo ainda. Depois passa para mim, na condição de revisor. Então, acredito que algum tempo ainda vai levar, alguns meses quem sabe. Assim que estiver pronto para julgamento, será pautado. Não temos razão nenhuma para atropelar ou pra retardar. Será no tempo adequado, assim que nós nos sentirmos seguros, após a análise do processo como um todo, nós levaremos a julgamento. É possível que ocorra no segundo semestre deste ano, dependendo de o processo estar pronto para ser julgado”, disse Paulsen.

O presidente da 8ª Turma também comentou sobre as recentes publicações de conversas envolvendo o então juiz Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e outras pessoas responsáveis por dar andamento à operação Lava Jato, por parte do site The Intercept Brasil. Ao mesmo tempo em que questionou o vazamento de conversas sigilosas, Paulsen reconheceu que é necessário garantir a liberdade de imprensa.

“É uma pena que estas conversas, que são privadas entre agentes públicos, estejam vazando e sendo exploradas da maneira como são. De qualquer maneira eu tenho muito claro que temos que preservar a liberdade de imprensa. Acima de tudo, o direito da população brasileira a ser informada”, ponderou o desembargador, que também garantiu “absoluta lisura” do Tribunal a que pertence. Ele também disse não ter temor algum de que surjam, entre os diálogos, referências ao Tribunal, que julga em Porto Alegre parte dos processos referentes à Lava Jato.


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