Um governo não sabe de tudo e por isso precisa ouvir trabalhadores e empresários, diz Lula

Um governo não sabe de tudo e por isso precisa ouvir trabalhadores e empresários, diz Lula

Em inauguração de fábrica de farmacêutica, presidente defendeu formação de mão-de-obra qualificada e cobrou agilidade da Anvisa na liberação de medicamentos

Estadão Conteúdo
Lula participou da inauguração de fábrica da farmacêutica EMS, em Hortolândia (SP)

Lula participou da inauguração de fábrica da farmacêutica EMS, em Hortolândia (SP)

publicidade

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira, 23, que o governo não sabe tudo e precisa ouvir trabalhadores e empresários. Ele deu a declaração em Hortolândia (SP), na inauguração de fábrica da farmacêutica EMS.

"Um governo não sabe de tudo. Por isso, precisamos ouvir os trabalhadores, os empresários, os movimentos sociais, para saber onde melhorar, com diálogo ativo com quem está na ponta”, disse o presidente.

Lula também voltou a dizer que cobrará dos países ricos pagamentos para os países pobres manterem suas florestas de pé como forma de conter as mudanças climáticas. A lógica por trás do raciocínio é que os países pobres já desmataram seus territórios e que isso facilitou o desenvolvimento econômico.

Exportar “conhecimento, tecnologia e inteligência”

Durante o evento, Lula destacou a construção de 100 novos campi dos institutos federais, anunciada pelo governo federal em março. O presidente defendeu a necessidade de formação de mão-de-obra qualificada.

"Com a construção de 100 novos institutos federais a gente precisa discutir como vai formar gente na área da saúde. Como a gente vai colocar meninas e meninos para estudar e se transformar em profissionais altamente qualificados. E, se o mundo quiser importar a nossa mão de obra, tudo bem, se a gente tiver muita até vamos vender mão de obra", disse.

E completou: "A gente precisa ter consciência que esse País só será grande não quando a gente estiver exportando muita soja ou minério de ferro. Quando a gente estiver exportando conhecimento, tecnologia, inteligência esse País será grande."

Veja Também

Cobrança de agilidade à Anvisa

O presidente expor uma cobrança feita pelo empresário Carlos Sanchez por mais agilidade dos trâmites da Anvisa para liberar medicamentos no Brasil. Lula afirmou que agência será mais rápida para liberar medicamentos quando algum de seus integrantes perder um parente por falta de remédios.

“Nosso amigo Sanchez fez uma demanda, uma provocação à ministra da Saúde, ao vice-presidente da República e ao presidente da República, de que é preciso a Anvisa andar um pouco mais rápido para aprovar os pedidos que estão lá, porque não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse Lula. “Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver. Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque um remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor aos interesses de nosso País”, declarou o presidente da República.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895