Uruguai não assina comunicado conjunto do Mercosul por causa de negociação com a China

Uruguai não assina comunicado conjunto do Mercosul por causa de negociação com a China

Nota do bloco renova compromisso com democracia, estado de direito e respeito aos direitos humanos

R7

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O Uruguai não assinou um dos comunicados divulgados nesta terça-feira pelo Mercosul, bloco formado também por Brasil, Argentina e Paraguai. A recusa do presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou, demonstrou mais uma divergência com os colegas sul-americanos.

O comunicado que o governo uruguaio se recusou a assinar diz que durante o encontro, os presidentes das nações que compõem o Mercosul renovaram o compromisso "com o fortalecimento da democracia, estado de direito e o respeito aos direitos humanos, e ressaltaram a importância da agenda econômica, comercial, social e cultural do bloqueio para o benefício de seus cidadãos". 

O Uruguai pretende um acordo bilateral com a China. No entanto, o Mercosul não permite que um de seus membros negocie sem a anuência dos demais. Um dos temores é de que o país vizinho possa ter resultados mais positivos por importar produtos fora da Tarifa Externa Comum (TEC), um pacote de taxas que é aplicado em produtos e serviços negociados por todos os membros do Mercosul.

Em suas declarações, o presidente uruguaio tem afirmado que o bloco econômico "continua sendo vital" para o país, mas disse que não pode ser impedido de ampliar os laços comerciais. "O Mercosul é a quinta região mais protecionista do planeta. Entendemos as posições de outros países que têm interesses e posições distintas. O Uruguai precisa abrir-se ao mundo. E isso é uma visão deste governo. A gente vem caminhando e estamos nessa etapa", disse Lacalle Pou.


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