UTC não se construiu sobre atos ilícitos, diz dono da empreiteira

UTC não se construiu sobre atos ilícitos, diz dono da empreiteira

Delator da Lava Jato, Ricardo Pessoa, participou CPI da Petrobras

Agência Brasil

Delator da Lava Jato, Ricardo Pessoa, participou CPI da Petrobras

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O dono da UTC, Ricardo Pessoa, realizou nesta terça-feira uma apresentação sobre a história da empreiteira, em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados.

O executivo citou que a UTC faz parte do consórcio da linha 6 do Metrô de São Paulo e do consórcio que administra o Aeroporto de Viracopos. "Muitas notícias tratam a UTC como uma empresa desconhecida, como se tivéssemos surgido de uma hora para outra. Isso é falta de informação. Estamos há 40 anos no setor de petróleo e gás, presente em dez das 11 refinarias do Brasil", afirmou. "A UTC não se construiu sobre atos ilícitos. As pessoas que trabalham
na UTC são honestas e não têm responsabilidade sobre meus atos", completou.

Pessoa disse que colaborou espontaneamente com as autoridades na delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato e disse não querer protagonizar "um papel de herói". O empresário alegou que "aceitou o jogo" por receito de que empresa ficasse de fora dos contratos da Petrobras. "Os números apresentados pelos investigadores mostram a dimensão que o esquema (de corrupção) na Petrobras alcançou", disse. "O medo iguala a vítima ao algoz", completou.

O empresário voltou a admitir que escolheu "o caminho errado". "O problema não é a Petrobras, o problema são as pessoas. Esse episódio é uma distorção que envergonha a todos e a mim em particular", alegou. Ainda assim, Pessoa adiantou que se manterá em silêncio durante toda a sessão da CPI. "Se eu falar sobre temas sigilosos, coloco em risco a minha delação. Por isso, todas as perguntas, adotarei o silêncio que a Constituição me assegura", completou.

A defesa do empresário, delator da Operação Lava Jato, havia pedido para que a participação dele ocorresse em sessão fechada, mas o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), optou por manter a audiência pública. 

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