Vídeos de Funaro depondo para a PGR estão no site da Câmara
Em nota oficial, defesa do presidente chamou divulgação de depoimento de ''criminosa''
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Após a divulgação dos vídeos pelo jornal Folha de São Paulo, o advogado de Temer, Eduardo Carelós, emitiu uma nota em que chama o "vazamento" de "criminoso" e alega que foi produzido por quem pretende "insistir na criação de grave crise política no País". "É evidente que o criminoso vazamento foi produzido por quem pretende insistir na criação de grave crise política no país, por meio da instauração de ação penal para a qual não há justa causa", ressaltou a nota.
O depoimento foi prestado por Funaro entre 21 e 28 de agosto. Nas gravações o doleiro diz que o ex-deputado Eduardo Cunha recebia dinheiro de propina e repassava valores ao presidente Michel Temer. Funaro também relata que buscou com o ex-assessor especial do presidente Temer, José Yunes, um pacote com dinheiro e afirmou que Yunes tinha conhecimento do conteúdo entregue.
• Yunes sabia que "era dinheiro", afirma Funaro em depoimento
O Palácio do Planalto informou que o presidente Temer não fazia parte de nenhuma bancada, referindo-se ao grupo de Eduardo Cunha, e diz que "toda e qualquer afirmação nesse sentido é falsa". Para a defesa de Temer, a divulgação dos vídeos tem o propósito de constranger parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que vão votar na próxima semana o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) pela rejeição do pedido de autorização para dar sequência à denúncia apresentada pela PGR contra o presidente Temer.
A delação premiada do corretor Lúcio Funaro, que admite perante a Justiça ter sido o operador financeiro do PMDB da Câmara e informa fatos que envolvem autoridades com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF), foi homologada pelo STF em 5 de setembro.