Vacinas da Índia chegam nesta sexta-feira, diz Ministério da Saúde
Dois milhões de doses produzidas no Instituto Serum serão enviadas à Fiocruz, no Rio de Janeiro, para rotulagem
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O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira, que os 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca enviadas da Índia para o Brasil chegam em São Paulo no fim da tarde desta sexta-feira. O comunicado da pasta ocorre horas após o secretário de Relações Exteriores indiano informar que o carregamento — aguardado pelo governo brasileiro desde semana passada — estava liberado.
O @minsaude informa que as 2 milhões de doses da @AstraZeneca devem chegar ao Brasil sexta 22.A carga vinda da Índia será transportada pela @emirates ao aeroporto de Guarulhos. Após trâmites alfandegários, seguirá em voo da @azulinhasaereas ao aeroporto Tom Jobim, no RJ#COVID19
— Ministério da Saúde (@minsaude) January 21, 2021
As vacinas são produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia. A Fiocruz pagou R$ 54,9 milhões pelas doses. De acordo com o ministério, as vacinas chegarão ao aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, em um voo da companhia aérea Emirates.
Em seguida, a carga será transferida para um voo da Azul e irá para o Rio de Janeiro, onde fica Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz que fará a rotulagem das ampolas.
A Fiocruz já havia dito que esse processo levará em torno de 24 horas. Posteriormente, as vacinas serão entregues ao Ministério da Saúde, que, por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações), irá distribui-las de acordo com a proporção populacional de cada estado. A liberação das doses na Índia se tornou uma dor de cabeça para o governo brasileiro desde a semana passada.
Um avião da Azul chegou a ser adesivado e estava pronto para decolar ao país asiático na quinta-feira, quando um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de lá sinalizou que o Brasil havia se precipitado. O voo chegou a ser remarcado para sexta-feira, mas acabou cancelado diante da dificuldade em obter uma data certa para o envio da carga.
No domingo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu autorização de uso emergencial para o lote de 2 milhões de doses e também para a CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac. Sem a vacina de Oxford em território brasileiro, o ministério iniciou a campanha de vacinação apenas com os 6 milhões de doses liberados da CoronaVac.
O presidente Jair Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo comemoraram e agradeceram a decisão do governo indiano.
Muito obrigado, Presidente @jairbolsonaro
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 21, 2021
O governo da Índia colocou o Brasil na mais alta prioridade: somos um dos dois primeiros países a receber vacinas contra Covid compradas na Índia (ontem a Índia fez doação a 2 países).
Agradeço em especial ao Chanceler @DrSJaishankar
https://t.co/2QzICY1Bmy
Incêndio em fábrica
Nesta quinta, ao menos cinco pessoas morreram depois que um incêndio atingiu as instalações do Instituto Serum (SII), na Índia. O fogo consumiu parte de um prédio que está em construção para ampliar a capacidade do local. Autoridades locais e a empresa afirmaram que a produção de Covishield, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a empresa farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca, não foi impactada.