Vereador Gabriel Monteiro vira réu por importunação e assédio sexual

Vereador Gabriel Monteiro vira réu por importunação e assédio sexual

Caso está entre as denúncias que levaram à representação contra o parlamentar no Conselho de Ética na Câmara do Rio

R7

Processo contra Gabriel Monteiro está sob sigilo

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O vereador Gabriel Monteiro se tornou reú por importunar e assediar sexualmente a ex-assessora Luiza Caroline Bezerra Batista. A Justiça do Rio confirmou, nesta terça-feira (5), ter recebido a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). O processo está sob sigilo.

De acordo com o MP, Luiza trabalhava na produção de conteúdos para as redes sociais do parlamentar e era obrigada a participar como atriz em vídeos de cenas eróticas, que seriam publicadas nos canais dele. Caso contrário, seria demitida. Durante as gravações, ele aproveitou a oportunidade para tocar em partes íntimas da funcionária.

A denúncia apontou, ainda, que Luiza chegou a dormir na casa do vereador por conta do aumento da carga de trabalho, o que gerou outros episódios de assédio. Os atos libidinosos ainda eram expostos a outros funcionários, e a vítima era vista chorando com frequência.

Segundo a apuração, Luiza falou, por três vezes, com o parlamentar que se sentia ofendida com as atitudes dele e constrangida diante os colegas de trabalho. No entanto, Gabriel teria alegado que tudo não passava de uma brincadeira em nome da arte.

A investigação de assédio contra a ex-assessora está entre as denúncias que levaram à representação contra Gabriel Monteiro no Conselho de Ética na Câmara do Rio. O parlamentar corre o risco de perder o mandato ao fim do processo por suposta quebra de decoro. Luiza prestou depoimento aos membros do conselho e confirmou as acusações.

"Eu sofria assédio sexual, assim como outras pessoas. Ele é um doente social. Só de ouvir a voz dele eu fico com o coração acelerado. Quero ficar bem longe", disse Luiza, na ocasião.

Por meio da assessoria, a defesa do vereador Gabriel Monteiro afirmou que a denúncia foi realizada por ex-assessores do parlamentar que já "confirmaram trabalhar para a máfia do reboque" em depoimento no Conselho de Ética da Câmara e que, na ocasião, outros funcionários estavam dentro do carro com a suposta vítima e desmentiram na delegacia sua versão de assédio.


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