Vereadores da base temem que projeto sobre cobradores possa não ser votado em 2019

Vereadores da base temem que projeto sobre cobradores possa não ser votado em 2019

Enquanto o tema não vai ao plenário, rodoviários ocupam as galerias e pressionam os indecisos

Eduardo Amaral

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Vereadores da base do governo Nelson Marchezan Júnior (PSDB) admitem que o projeto que reduz gradativamente o número de cobradores em Porto Alegre pode não ser votado neste ano. O texto deveria ser analisado hoje na sessão da Câmara, porém uma manobra do governo inverteu a pauta, deixando a análise para segunda-feira, competindo com outras propostas que também trancam a Casa. Sem a garantia dos 19 votos necessários para aprovação, parlamentares começam a ficar descrentes.

Favorável ao texto, Felipe Camozzato (Novo), é um deles. “Estou cético que ele seja votado na segunda-feira”, afirmou. Ele não é o único que vê poucas chances de apreciação na próxima sessão. Moisés Barboza (PSDB), vereador da base do governo e defensor da proposta, também faz uma previsão pouco otimista. “Corre o risco de nem votar esse ano”, disse, quando questionado sobre o apoio na Casa.

Barboza acredita que tanto oposição quanto a situação não tem os apoios necessários para apreciar o projeto, e que um movimento novo pode ser feito assim que isso for conquistado. “Quando um tiver os votos vai inverter a pauta e apreciar, por enquanto ninguém tem.”

Alheio ao pessimismo dos colegas, o líder do governo na Câmara, Mauro Pinheiro (Rede), mantém a afirmação dada no início da semana, e projeta chegar a 21 votos favoráveis. “Continuo confiante, vamos aprovar o projeto, o que queremos é dialogar com todos vereadores da base para que se sintam confortáveis.”

Pela contagem atualizada, a oposição já tem 16 votos contra o projeto, necessitando de mais três para vencer. Por sua vez, a situação não fala em número de apoiadores. Enquanto o tema não vai ao plenário, os rodoviários ocupam as galerias e pressionam os indecisos. Na última sessão um ligado ao Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre esteve na Câmara acompanhando a sessão, e nos corredores abordavam os vereadores que ainda não se posicionaram claramente.


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