Votação de emenda sobre recursos da saúde deve ser antecipada
EC 29 já aguarda regulamentação há 11 anos no Congresso
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Os líderes governistas também concordaram com a proposta de antecipar a votação do último destaque ao projeto que regulamenta a emenda. No entanto, para que tudo isso ocorra será necessário votar quatro MPs e o projeto de lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que está com urgência constitucional vencida e trancando a pauta de votações.
“O PMDB não quer, mas exige a votação da regulamentação da Emenda 29 no dia 21. Eu sei que o governo federal cumpre sua parte com o repasse de recursos para a saúde, e os municípios também. Mas, não pode ser porque alguns estados não cumprem sua parte que esta Casa tem que sofrer desgaste e não votar a regulamentação da Emenda 29”, definiu o líder do partido, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
Ele pediu aos deputados que votem a favor do destaque do DEM, que retira do projeto apresentado pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS), a base de cálculo para a Contribuição Social para a Saúde (CSS). Este é o último anexo a ser votado para o projeto ser encaminhado à apreciação do Senado.
O líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), garantiu que a oposição vai facilitar as votações. “Há perspectivas reais de consenso, de que os deputados não vão criar um novo imposto. A condição política para a votação é favorável para limpar a pauta e votar o destaque”, declarou o parlamentar baiano.
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo apoia a votação já na próxima semana. Ele acrescentou que o governo federal está cumprindo a Constituição com o repasse de recursos para a saúde e que a maioria dos governos municipais também cumpre o que determina a lei. Segundo ele, boa parte dos governos estaduais, porém, não está fazendo o que diz a Constituição em termos de repasses para a saúde.
No dia 20, a Câmara vai fazer uma comissão geral com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outras personalidades da área, para debater a questão da saúde pública no País e os recursos necessários para atender o setor. No dia seguinte, governadores de todos os Estados foram convidados para um almoço na residência oficial da presidência da Câmara, juntamente com os líderes de todos os partidos, para discutir soluções a fim de resolver os problemas da saúde pública brasileira.