Votação de emenda sobre recursos da saúde deve ser antecipada

Votação de emenda sobre recursos da saúde deve ser antecipada

EC 29 já aguarda regulamentação há 11 anos no Congresso

Agência Brasil

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A votação da regulamentação da Emenda Constitucional 29 (EC), que prevê mais recursos para a saúde, poderá ser antecipada do dia 28 de setembro para o dia 21 na Camara dos Deputados. Negociações foram feitas nesta terça-feira, durante reunião de líderes partidários da base governista e da oposição com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). A oposição concordou em não obstruir as votações das medidas provisórias (MPs) para que a EC de 11 anos vá a pleito.

Os líderes governistas também concordaram com a proposta de antecipar a votação do último destaque ao projeto que regulamenta a emenda. No entanto, para que tudo isso ocorra será necessário votar quatro MPs e o projeto de lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que está com urgência constitucional vencida e trancando a pauta de votações.

“O PMDB não quer, mas exige a votação da regulamentação da Emenda 29 no dia 21. Eu sei que o governo federal cumpre sua parte com o repasse de recursos para a saúde, e os municípios também. Mas, não pode ser porque alguns estados não cumprem sua parte que esta Casa tem que sofrer desgaste e não votar a regulamentação da Emenda 29”, definiu o líder do partido, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).

Ele pediu aos deputados que votem a favor do destaque do DEM, que retira do projeto apresentado pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS), a base de cálculo para a Contribuição Social para a Saúde (CSS). Este é o último anexo a ser votado para o projeto ser encaminhado à apreciação do Senado.

O líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), garantiu que a oposição vai facilitar as votações. “Há perspectivas reais de consenso, de que os deputados não vão criar um novo imposto. A condição política para a votação é favorável para limpar a pauta e votar o destaque”, declarou o parlamentar baiano.

O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo apoia a votação já na próxima semana. Ele acrescentou que o governo federal está cumprindo a Constituição com o repasse de recursos para a saúde e que a maioria dos governos municipais também cumpre o que determina a lei. Segundo ele, boa parte dos governos estaduais, porém, não está fazendo o que diz a Constituição em termos de repasses para a saúde.

No dia 20, a Câmara vai fazer uma comissão geral com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outras personalidades da área, para debater a questão da saúde pública no País e os recursos necessários para atender o setor. No dia seguinte, governadores de todos os Estados foram convidados para um almoço na residência oficial da presidência da Câmara, juntamente com os líderes de todos os partidos, para discutir soluções a fim de resolver os problemas da saúde pública brasileira.

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