Abertura de novos mercados é estratégica para exportação de noz-pecã

Abertura de novos mercados é estratégica para exportação de noz-pecã

Divinut anunciou primeiro embarque para a Arábia Saudita e negociações com outros países


Correio do Povo

Estado conta com cerca de 1,5 mil produtores em várias regiões

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Após embarcar em novembro o primeiro lote com de 19 toneladas de noz-pecã descascadas para a Arábia Saudita, a Divinut enviará ainda este mês 20 toneladas para o Egito e mira novas parcerias comerciais com o Canadá e outras nações. “Nossa estratégia é fortalecer o mercado europeu, ampliar o Oriente Médio e abrir para a África. Além disso, estamos mantendo negociações com Hong Kong, Japão e Indonésia”, afirma o diretor da empresa com sede em Cachoeira do Sul, Edson Ortiz. 

A Arábia Saudita é o quinto mercado a importar os produtos da Divinut, empresa com 23 anos de tradição e uma das maiores processadoras de noz-pecã do Hemisfério Sul. “Fecharemos o ano de 2023 com cerca de 100 toneladas exportadas. É praticamente a metade do ano passado, mas neste momento consideramos mais relevante a abertura de novos mercados do que o volume”, diz o diretor. Conforme Ortiz, a queda nos preços das commodities agrícolas este ano impactou também a noz-pecã, com redução de 20%. “Isso nos fez focar no Brasil, mas sem esquecer o mercado externo”, complementa. 

Ortiz adianta que o Canadá deverá ser o próximo parceiro comercial da empresa, que vende para Israel, Itália e Egito e tem a Espanha como maior comprador. Para o empresário, os novos negócios são resultado da participação da Divinut no Congresso Mundial de Nozes e Frutos Secos, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no ano passado. 

Os frutos exportados pela Divinut são de pomares de cerca de 4 mil produtores parceiros nos três estados da região Sul. A empresa é especializada no beneficiamento de noz-pecã e na produção de mudas e é dona do maior viveiro de mudas com raízes embaladas do mundo. O Rio Grande do Sul responde por 80% da produção nacional do fruto. Conforme o governo do Estado, o RS tem cerca de 1,5 mil produtores em várias regiões. Em 2022, a área colhida foi de 4,39 mil hectares, sendo Cachoeira do Sul o principal produtor do Estado.


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