Cerca de 700 agricultores familiares e camponeses ocupam a Secretaria da Fazenda, em Porto Alegre, para cobrar do governo do Rio Grande do Sul a efetivação das medidas contra estiagem, anunciadas ainda no dia 16 de fevereiro. As principais pautas deles são a liberação de um crédito emergencial de R$ 10 mil e um auxílio emergencial de no mínimo um salário. Considerada preocupante, a seca afetou a produção agrícola e fez com que 409 dos 497 municípios decretassem situação de emergência.
Ainda no dia 10 de janeiro, as entidades do campo dizem que apresentaram as reinvindicações dos agricultores familiares e camponeses para construir a pauta com o governo do Estado. Participam da mobilização hoje a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), com apoio da CUT-RS.
Durante o dia, os agricultores familiares e camponeses seguirão em mobilização com objetivo de cobrar que ainda hoje haja o anúncio de como e de que forma chegarão as medidas anunciadas para os agricultores. "Estamos cansados de tanta enrolação e estamos fazendo mais um esforço para lembrar o governo do Estado dos compromissos assumidos com os agricultores. Esperamos que o governo efetive a liberação dos recursos para o crédito e auxílio emergencial ainda hoje", afirma o coordenador geral da Fretaf-RS, Douglas Cenci.
Correio do Povo