Agrishow: Fávaro anuncia crédito a produtor afetado pelo clima

Agrishow: Fávaro anuncia crédito a produtor afetado pelo clima

Nova linha do BNDES é lastreada em títulos do agronegócio e pode ser acessada por micro, pequenos e médios produtores, além de cooperativas e empresas ligadas ao agro

Correio do Povo

Fávaro oficializou operação da linha de crédito na abertura da 29ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP)

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou, neste domingo, a operacionalização de uma nova linha de crédito disponibilizada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para agricultores que tiveram a atividade prejudicada por questões de preço ou de clima.

A CPR BNDES foi detalhada pelo diretor financeiro e de crédito digital do BNDES, Alexandre Abreu, na cerimônia de abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). A exposição abre oficialmente para o público nesta segunda-feira, dia 29, e se estende até o dia 3 de maio.

"A linha pode ser usada para custeio, para investimento, para armazenagem, capital de giro e, inclusive, para quem estiver precisando alongar dívidas já existentes”, explicou o diretor Financeiro e de Crédito do BNDES, Alexandre Abreu.

O empréstimo será formalizado com a emissão de Cédulas de Produto Rural Financeira (CPR-F) ou de Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) para uma instituição financeira credenciada, que repassará os recursos do BNDES ao emissor dos títulos para utilização exclusivamente nas atividades agroindustriais.

"Eu tenho uma certeza e uma dúvida: a certeza de que a linha de crédito não envolverá recursos públicos, ou seja, não haverá subsídios. Já a dúvida é se os produtores rurais do Rio Grande do Sul terão acesso ao crédito depois de duas estiagens, de 2022 e 2023, ou se a linha foi desenhada para atender os produtores do estado do ministro”, comentou o economista chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.

Como funcionará a CPR BNDES

  • O acesso será para micro, pequenos e médios produtores, além de cooperativas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
  • Sob o mesmo teto enquadram-se empresas que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de insumos, máquinas e implementos agrícolas, pecuários, florestais, aquícolas e extrativos.
  • O limite do empréstimo para o cliente será de R$ 20 milhões a cada 12 meses, com prazo total de pagamento de até 60 meses, incluindo prazo de carência de até 24 meses.
  • A taxa final será composta pela remuneração básica do BNDES de 1,3% ao ano, remuneração do agente financeiro de até 4,3% ao ano e pelo referencial de custo financeiro (Taxa de Longo Prazo – TLP; Taxa SELIC – TS; Taxa Fixa do BNDES – TFB ou Taxa Fixa BNDES em Dólar – TFBD).


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