Análise de novas amostras não identifica novos casos de aujeszky no RS

Análise de novas amostras não identifica novos casos de aujeszky no RS

Cidade de São Gabriel reportou recentemente um caso da doença, após 19 anos sem registros no Estado

Camila Pessôa

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A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) encerra nesta sexta-feira uma sequência de envios de amostras para detectar se há outros casos da doença de aujeszky, que acomete suínos, além do detectado em São Gabriel, primeiro encontrado no Rio Grande do Sul após 19 anos. Com 60% das amostras enviadas já analisadas em laboratório, nenhum caso foi detectado.

Representantes da Seapdr estiveram em reunião com o Ministério da Agricultura e Pecuária nesta quinta-feira, onde comunicaram os próximos passos da equipe que está, também, investigando a origem do vírus causador da doença.

A origem da doença em São Gabriel

A equipe vai aguardar todos os resultados das análises laboratoriais das amostras enviadas enquanto segue buscando a origem do caso em São Gabriel. Um dos meios de encontrar essa origem é fazer um sequenciamento genético do vírus, mas para isso é necessário fazer um isolamento viral, como explica a diretora do Departamento de Defesa Agropecuária da Seapdr, Rosane Collares.

“Até agora nós não temos esse isolamento viral e esse sequenciamento genético”, relata. Assim, ela explica que investigação está sendo feita a partir de informações epidemiológicas, com base no ocorrido e nas movimentações dos animais. “É quase como uma investigação policial: tu buscas vários elementos para tentar construir um cenário, para ver exatamente o que está acontecendo”, compara a diretora.

O trabalho da equipe vai permanecer concentrado na mesma área de cinco quilômetros, como estabelecido no Plano Nacional de Sanidade Suídea. “No entanto, todas as nossas unidades locais estão em alerta, recebendo notificação por parte dos produtores rurais no caso de qualquer sintomatologia respiratória e nervosa, que por legislação têm prioridade de atendimento”, diz Rosane.


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