Clima favorável acelera desenvolvimento e dá vigor às lavouras de soja no Estado
Boletim conjuntural da Emater indica redução de sintomas de estresse hídrico
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O crescimento das plantas de soja no Rio Grande do Sul foi acelerado nos últimos dias em razão de com níveis apropriados de umidade no solo, elevadas temperaturas e luz solar. Conforme o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, houve significativa melhoria nas condições das lavouras e a diminuição de sintomas de estresse hídrico em algumas áreas. Conforme a empresa, a cultura tem 62% das lavouras em germinação e desenvolvimento vegetativo, 30% em floração e 8% em enchimento de grãos.
A maioria das lavouras de soja já concluiu ou está em fase de fechamento das entrelinhas, evidenciando interação sinérgica entre a cultura e as condições climáticas recentes. As plantas apresentam emissão de folhas novas bem desenvolvidas, com entrenós mais longos a partir do terço intermediário em direção às pontas, além da ocorrência de brotações laterais no terço inferior. Nas áreas de cultivares precoces, o período de formação das vagens se iniciou, e a fixação deverá ser satisfatória, dadas as condições ambientais favoráveis.
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Em razão das chuvas regulares, o monitoramento de doenças tem sido constante, com intervalos menores entre as pulverizações. Na região Oeste do Estado, há relato da presença de percevejo e orientação aos produtores de utilizar inseticidas somente a partir da fase de formação das vagens, pois o impacto do inseto na cultura é baixo nas fases vegetativa e de floração. Esses cuidados em relação ao estágio das plantas promove a racionalização do uso de inseticidas, bem como evita os riscos de ocorrência de mortalidade de insetos polinizadores.
Na cultura do milho, a chuva generalizada em todo o Estado foi fundamental para o desenvolvimento das lavouras, embora tenha causado a suspensão temporária da colheita, que alcançou 25% no Estado. Os resultados continuam variáveis, com predominância de produtividades abaixo da projeção inicial. O plantio progrediu minimamente, alcançando 97% da área projetada para esta safra.
A colheita alcançou 40% da área na região de Ijuí, mas em ritmo lento por causa da umidade no solo e da demora na perda de umidade dos grãos. A produtividade ficou abaixo das expectativas iniciais, devido ao ataque de cigarrinha-do-milho e a bacterioses. No milho silagem, a extensão cultivada atingiu 94% da área planejada. A colheita para a produção de silagem de planta inteira abrangeu 39% dos cultivos em área projetada de 364,29 mil hectares, com produtividade estimada de 39.088 kg/ha.