Começam as ordenhas da Fenasul/Expoleite

Começam as ordenhas da Fenasul/Expoleite

A Fenasul/Expoleite é uma realização da Secretaria da Agricultura do RS, da Gadolando, da Farsul, da Febrac, da Fetag-RS e da prefeitura de Esteio

Itamar Pelizzaro

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Nas primeiras horas da 17ª Fenasul e 44ª Expoleite, iniciada na manhã desta quarta-feira e com programação até domingo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, produtores participaram da primeira de cinco ordenhas do concurso leiteiro. Na raça holandesa, o veterinário Rubimar Franco, presidente do Conselho Técnico da Gadolando, realizava o exame de admissão para a pista e celebrava que a raça terá cerca de 120 exemplares este ano em Esteio. "É uma feira nacional do gado holandês na Fenasul", celebrou. Conforme Franco, este ano houve mobilização dos criadores do gado Holandês para a Fenasul, assim como da raça Jersey, que soma 187 animais no evento. 

No Pavilhão do Gado Leiteiro, a Granja Garzella, de Catuípe, apresenta 12 exemplares da raça Holandesa. O proprietário, Gélson Garzella, 47 anos, trabalha com 280 animais, sendo 120 vacas em ordenha, com projeto para chegar a 200, e produção de 5,1 mil litros/dia. "Viemos para a conformação, o julgamento em pista", afirmou. Entre os membros da equipe que zela pelo plantel, o casal Daniel dos Passos, 28 anos, e Fernanda Ribeiro, 22 anos, trouxe a filha Yasmin, de seis anos. "Ela participa de feiras conosco desde os três anos de idade", contou a mãe. A menina dispensava maior atenção à bezerra Gloriosa, nascida em janeiro e que já disputa competições na feira. "Eu participo dos jovens puxadores na pista e vou levar a Gloriosa, mas antes ajudo a dar banho e tratá-la", disse a menina, que também acarinhou a vaca Kate Doorman, a mais velha da granja em exposição. 

No Pavilhão da Agroindústria familiar, onde está abrigada a Multifeira (promoção da Prefeitura de Esteio), os noivos Mateus de Rossi, 27 anos, e Jéssica Sauressig Rossi, 25 anos, preparavam seu estande com artesanato em madeira, depois de viajarem 450 quilômetros entre Três de Maio, na região Noroeste, a Esteio. Rossi terá cerca de 300 peças à venda, entre tábuas de churrasco e frios, gamelas, petisqueiras, mesas resinadas e tridentes artesanais, com preços de R$ 15 a R$ 560, este para uma tábua de carnes de camboatá com 1m10cm de comprimento e cerca de 30 quilos, resinada na canaleta.

Mateus e Jéssica de Rossi viajaram 450 quilômetros para vender artesanato na exposição que vai até domingo | Foto: Maria Eduarda Fortes / CP.

O jovem reside na área rural de Três de Maio, na propriedade familiar. "Eu trabalhava como vendedor na cidade e, há dois anos, retornei para ajudar os pais na propriedade, onde temos 20 vacas de leite, e cultivamos milho e soja em uma área de nove hectares", conta. Rossi gostava de entalhar madeira desde criança, para fazer brinquedos. Na volta às origens, viu a postagem de um amigo em uma rede social mostrando que havia comprado uma tábua de churrasco de Minas Gerais. A foto despertou Rossi, que logo encontrou um pedaço de madeira desprezada na propriedade, preparou a peça e a mostrou na internet. "As coisas reverberaram, amigos encomendaram peças, e foi natural começar a trabalhar com issso", explicou. 


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