Conab confirma queda na produção de trigo gaúcha, mas prevê safra cheia nos grãos de verão

Conab confirma queda na produção de trigo gaúcha, mas prevê safra cheia nos grãos de verão

Segundo levantamento de safra da companhia estima redução de 30,5% no volume produzido de trigo no Rio Grande do Sul, mas crescimento na soja, no milho e no arroz semeados no Estado para o ciclo 2023/2024

Correio do Povo

Chuvas excessivas trazidas pelo El Niño são apontadas como responsáveis pela quebra no trigo

publicidade

O 2º Levantamento da Safra de Grãos para o ciclo 2023/2024, divulgado na manhã desta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma a tendência de perdas na safra gaúcha de trigo, mas estima uma produção total de grãos de 40,07 milhões toneladas no Rio Grande do Sul, com melhora  no desempenho da safra de verão. Segundo a Conab, a produção estimada de trigo no Estado deve ficar em 3,98 milhões de toneladas, 30,5% menos que a do ano passado, quando foram colhidas 5,73 milhões de toneladas. A razão principal para as perdas no trigo gaúcho é o excesso de chuva durante o desenvolvimento das lavouras, provocado pela atuação do fenômeno El Niño.

Em compensação, a segunda edição da pesquisa aponta crescimento na produção dos grãos de verão plantados no Rio Grande do Sul, com destaque para a soja cuja estimativa é de 21,8 mil milhões de toneladas, 68,1% mais que a produção da safra passada. O milho, de acordo com a Conab, deve atingir no Estado produção de 5,38 milhões de toneladas (44,2% mais que no ciclo anterior); e o arroz 7,73 milhões de toneladas (11% mais).

Na contabilidade nacional a Conab projeta queda na produção de grãos de 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas abaixo da safra 2022/2023, com o volume estimado em 316,7 milhões de toneladas para o novo ciclo. A companhia indica que o percentual de área semeada quando foram coletados os dados do 2º Levantamento é menor que o registrado no mesmo período de 2022, o que justifica a queda. Destaque também para a soja, cuja produção está estimada em 162,4 milhões de toneladas, número que ainda consolida o Brasil como o maior produtor da oleaginosa no planeta.

A nossa expectativa é de novamente termos uma potente safra de grãos no país, apesar das questões climáticas provocadas pelo El Niño. As informações levantadas pela Conab indicam, neste momento, que possivelmente teremos a segunda maior produção de grãos da história brasileira, podendo ser a primeira, devido ao aumento da área plantada”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895