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Verão

Especial

Cooperativas do Rio Grande do Sul apuram faturamento de 81,9 bilhões em 2022

Cifra reflete uma alta de 14,9% em relação ao ano anterior, mas Sistema Ocergs alerta que não se repetirá em 2023

Darci Hartmann, ao centro, cobrou do governo taxa de juros mais baixa. | Foto: Ana Julia Sumienski / Divulgação / CP

O sistema cooperativo gaúcho registrou crescimento de 14,9% em seu faturamento global em 2022, resultado que não deverá se repetir no ano de 2023, admitiu nesta quarta-feira o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann. Durante o evento semanal Tá Na Mesa, da Federasul, Hartmann informou que as 371 cooperativas estabelecidas no Rio Grande do Sul,  nos ramos de crédito, agropecuária, saúde e infraestrutura, entre outros, obtiveram um resultado financeiro de R$ 81,9 bilhões. "Mas temos de ser realistas, o mesmo desempenho não vai se repetir neste ano, quando o setor enfrentou mais uma estiagem e com preços das commodities deprimidos. Ano passado, as cooperativas agropecuárias tinham estoque de passagem, o que garantiu os valores de 2022", avaliou.

O dirigente ressaltou que no ano passado o número de associados do sistema pulou de 3,2 milhões para 3,5 milhões, com a geração de empregos para 76 mil pessoas. Hartmann lembrou que existe resiliência no sistema, mesmo diante de situações recentes de problemas econômicos e operacionais  de cooperativas de porte como Piá e Languiru. "São duas cooperativas entre 371 e acreditamos que têm potencial para se recuperarem no devido tempo", pontuou. 

As cooperativas do agro, apesar dos revezes da estiagem, lideraram o crescimento do setor, atingindo um faturamento de R$ 52 bilhões em 2022, ou 63,5% do total de todas as unidades do sistema. O patrimônio líquido das organizações cresceu 16,2% e alcançou R$ 28,1 bilhões, enquanto que as sobras (o lucro que cada cooperativa tem e é dividido entre os associados) chegaram a R$ 4,3 bilhões.

Hartmann destacou ainda a necessidade de o novo governo rever as taxas de juros aplicadas aos financiamentos para que as cooperativas possam investir. Disse, também, que é necessário um programa que trate com seriedade a negociação das dívidas dos produtores. "Não é possível planejar investimentos com uma taxa de juros de dois dígitos", reclamou.

Nereida Vergara