23ª Expodireto termina com recorde de público e vendas

23ª Expodireto termina com recorde de público e vendas

Mostra encerrou nesta sexta-feira com faturamento de R$ 7 bilhões, valor 42% maior que o obtido na edição passada

Mauren Xavier

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A 23ª edição da Expodireto Cotrijal terminou nesta sexta-feira superando todos os recordes. Apesar do impacto da estiagem no Rio Grande do Sul e dos juros ainda elevados, a feira terminou com faturamento total de R$ 7 bilhões. Um aumento de 42% na comparação com a edição do ano passado, quando o faturamento foi de R$ 4,9 bilhões. A maior parte ficou concentrada na venda de máquinas e equipamentos para irrigação e armazenamento. Dos negócios, a maior parte foi de financiamento com bancos, que somaram R$ 6,3 bilhões, 45% a mais do que em 2022. Em recursos próprios, as operações somaram R$ 570 milhões. 

Os dados foram apresentados no final da tarde pelo presidente da Cotrijal, Nei Manica. Outro número que foi celebrado foi o de movimentação. Ao todo, nos cinco dias da feira cerca de 320 mil pessoas passaram pelo Parque da Expodireto, em Não-Me-Toque, 22% a mais do que na edição passada. Ao celebrar os resultados, Manica pontuou três fatores principais: a presença de produtores de fora do Estado, produtores capitalizados e a necessidade de renovação do maquinário. “A Expodireto se tornou uma referência de boas oportunidades para os produtores de todo o país”, enfatizou. 

Os dados da operação no Pavilhão Internacional também superaram os do ano passado. Foram R$ 114 milhões em negócios. Além disso, Manica anunciou que pouco antes do anúncio foi firmado um protocolo no valor e 178 milhões de dólares e que não será incluído no balanço. A Agricultura Familiar também atingiu recorde de vendas na Expodireto. O crescimento foi de 52% na comparação com o ano passado, quando as operações somaram R$ 1,7 milhão. Nesta edição, foram vendidos mais de R$ 2,5 milhões. 

O presidente da Cotrijal também pontuou que a feira serviu como uma grande oportunidade para discutir alternativas para administrar os impactos provocados pelas mudanças climáticas, em especial a estiagem, que pelo terceiro ano consecutivo impacta as produções. Ele também ressaltou que é preciso discutir as taxas de juros. “Todos sabem que os juros praticados são muito altos. E por isso estamos reivindicando uma taxa de juros especial para o agronegócio. Não é fácil, mas essa taxa tem que começar a ceder para manter o homem no campo.” 

Ao todo, na feira deste ano, o número de expositores foi ampliado passando de 563 para 591, além da área utilizada, que também aumentou de 98 hectares para 131 hectares. Manica antecipou que a meta é ampliar ainda mais a área para o próximo ano, porém, reconheceu a necessidade de melhorias para acessar e deixar o parque. Ele lembrou que na quarta-feira, quando a Expodireto recebeu mais de 91 mil pessoas foi necessário fechar o estacionamento, o que nunca tinha acontecido. Na apresentação, afirmou que a Expodireto 2024 já começou. A 24ª edição ocorrerá entre os dias 4 e 8 de março.


Correio do Povo
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