Assentados assinam título definitivo de posse de terras na Expodireto

Assentados assinam título definitivo de posse de terras na Expodireto

Área de 380 hectares abriga 28 famílias há 30 anos

Taís Teixeira

Ministros da Cidadania e da Agricultura, Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina participaram da cerimônia ao lado do governador Eduardo Leite

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Os moradores do assentamento Libertação Camponesa assinaram nesta segunda-feira a escritura de lotes localizados em Não-Me-Toque. São 28 famílias e 110 agricultores que se tornam proprietários de áreas que medem entre 10 e 13 hectares. O espaço tem 380 hectares, onde cada família produz para subsistência e comercializa soja e milho para cooperativas e indústrias.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o governador do estado Eduardo Leite e o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei Manica, entre outras autoridades, participaram da cerimônia. A ministra afirmou que dar o título definitivo para os assentados é umas das metas do presidente Jair Bolsonaro. “Em 2020, o Incra completa 50 anos. Vocês esperaram para anos para hoje ir ao banco, ter acesso a crédito como produtores rurais. São grandes produtores rurais em pequenas propriedades. Hoje vocês têm a emancipação, têm os seus títulos e são donos das próprias vidas”, discursou.

O presidente do Assentamento Libertação Camponesa, José Ferreira dos Santos, disse que receber a escritura é um resultado de 30 anos de luta. “O título que estamos recebendo hoje não foi político que trouxe. Nós fomos à luta porque a miséria nos rondava”. Para acelerar os trâmites, os assentados tiveram que pagar. “ Se fosse para depender do Incra, ia demorar. Entramos em 2017 com o pedido e cada família pagou R$ 1,3 mil para dar agilidade processo”.

O morador Oto Renato Loeblein afirma que essa escritura tem um valor maior.” A reforma agrária é uma necessidade para esse país consumada por esse título definitivo.”


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