Mais de 60 países presentes na feira

Mais de 60 países presentes na feira

Entre as delegações confirmadas que estarão em Não-Me-Toque, a partir desta segunda-feira, estão as da Nigéria, de Burkina Faso e de Gana, que traz cerca de 50 participantes

Patrícia Feiten

publicidade

Com a expectativa de receber representantes de mais de 60 países, a Expodireto Cotrijal busca se consolidar como um importante palco internacional de negócios, inserido no calendário global das grandes feiras agropecuárias. Na 23ª edição da mostra, o Pavilhão Internacional oferecerá uma intensa programação de painéis e debates com transmissão on-line e trará como novidade a realização de “pitches” de investimento. Nas ocasiões, as empresas brasileiras apresentarão seus produtos e serviços de olho em parcerias comerciais com potenciais investidores estrangeiros.

Entre as participações confirmadas, a maior delegação virá da nação africana de Gana, com cerca de 50 representantes. O coordenador da Área Internacional da Expodireto Cotrijal, Matheus Prato da Silva, observa que o país é um dos mais desenvolvidos da África Ocidental, destacando-se em construção de automóveis e navios, produção de hidrocarbonetos, minerais industriais e no setor de telecomunicações. “Há 40 anos, o Brasil era comprador de alimentos e nos tornamos um grande exportador, então eles vêm em busca de tecnologia agrícola para desenvolver lá, por exemplo, (em termos de) agricultura de precisão e maquinário”, diz Matheus. 

Do continente africano são esperadas ainda empresas da Nigéria, da Guiné-Conacri e de Burkina Faso. Segundo Matheus, a forte presença dessas nações se deve à boa receptividade da região ao novo governo federal brasileiro. “O presidente (Lula) tem uma proximidade com os países africanos, isso está se refletindo na área internacional”, destaca Matheus.

A Expodireto comemora o retorno de investidores dos Emirados Árabes Unidos após alguns anos de ausência, coroando as ações de prospecção realizadas pela equipe da área internacional, que recentemente esteve nas cidades de Sharjah e Dubai para divulgar a mostra gaúcha. Quem também volta ao evento é a China. Um dos principais destinos das exportações brasileiras de grãos e de carne bovina, suína e de frango, o país asiático não participou da edição passada devido às restrições de mobilidade acarretadas pela pandemia de Covid-19. Na lista de delegações, estão ainda Arábia Saudita, Irã, Iraque, Índia, Austrália, Venezuela, Argentina, Uruguai, Peru, Colômbia, Panamá, Canadá, Estados Unidos e Itália. Empresas alemãs, como Schumacher Industrial, PlanET Biogas, Petkus, DLG - Agritechnica, Neudorff e Brasuma, confirmaram presença por meio da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul.

Para facilitar o fechamento de negócios com os representantes de outros países, serão organizadas visitas aos estandes dos expositores brasileiros. Com relação à infraestrutura física, o Pavilhão Internacional mantém o lounge onde ocorrerão palestras, painéis e pitches focados em temas relevantes para agronegócio, de acordo com a organização do evento. O novo modelo das rodadas de negócios, com os pitches, promete tornar o evento mais dinâmico, e a transmissão on-line pelas redes sociais amplia o alcance das atividades, diz Matheus. “A opção por manter o formato híbrido é para dar oportunidade para aqueles estrangeiros que não conseguirem participar presencialmente”, destaca o executivo. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895