ABPA aposta em reversão dos embargos internacionais ao frango do RS

ABPA aposta em reversão dos embargos internacionais ao frango do RS

Atualmente, apenas 11 países seguem com restrições ativas para a compra de aves do RS após caso positivo da doença de Newcastle em Anta Gorda

Correio do Povo

Ricardo Santin, presidente da ABPA, em visita à casa do Correio do Povo na Expointer 2024

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aposta na retomada das exportações da carne de frango do Rio Grande do Sul para os 11 mercados que ainda seguem com restrições ativas após a rápida recuperação do caso positivo da doença de Newcastle, em julho na cidade de Anta Gorda. Para isso, espera por tratativas positivas das missões do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) nos próximos dias.

Foi o que falou o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em visita à casa do Correio do Povo na tarde desta quarta-feira na Expointer 2024. Segundo ele, enquanto o ministro Carlos Fávaro, do MAPA, cumpre agenda na feira nesta semana, uma comitiva da pasta segue para o México negociar o afrouxamento das restrições impostas pelo país ao RS.

Ainda em setembro, a comitiva seguirá para a China, um dos principais mercados consumidores da proteína gaúcha. Além deles, África do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Chile, Malásia, Peru, Rússia e Uruguai também estão entre os 11 mercados fechados para importação de carne de frango do Rio Grande do Sul. Ao todo, o Estado comercializa proteína animal para 154 países.

“O governo enviou nesta semana as respostas da África do Sul. Já estamos em conversas com a Arábia Saudita e, provavelmente, teremos uma viagem para a China na metade de setembro. Nesta semana, o MAPA estará no México também. Eles vão tentar trabalhar para que a restrição seja reduzida para o raio de 10km da contaminação, e não todo o RS. Se a gente encerrar o embargo na África do Sul, México e China, liberamos o grande gargalo da avicultura do RS”, destacou.

O caso positivo de Newcastle foi registrado em uma granja de Anta Gorda no dia 18 de julho. No dia 25 de julho, o MAPA confirmou o fim do foco da doença. O presidente da ABPA destacou a rápida recuperação do setor. “Vale a gente olhar pelo lado positivo. Foi um caso isolado e atípico que decorreu das enchentes, por conta do excesso de água. Não houve falha de biosseguridade humana. Houve sim uma falha física, por conta da enxurrada que derrubou uma parede. O caso foi único e já estamos nos recuperando”, completou.

Mercado da proteína animal segue em crescimento

Na visita, Santin celebrou o crescimento do mercado de proteína animal no Estado. O dia 28 de agosto é também o Dia do Aviário. “A produção cresceu 800% nos últimos 20 anos. Neste período, aves e suínos trouxeram R$ 1,4 trilhão em receitas ao país. É um dinheiro que saiu de outros países e veio para cá em troca de um pedaço de carne”, finalizou.


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