Atuação dos laboratórios agropecuários ganha destaque na Expointer

Atuação dos laboratórios agropecuários ganha destaque na Expointer

Rede LFDA apresenta em Esteio o trabalho que contribuiu para o reconhecimento do RS como zona livre de febre aftosa sem vacinação

Chico Izidro

Estande da Rede LFDA na 44ª Expointer

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A Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (Rede LFDA) está apresentando na 44ª Expointer, em Esteio, o trabalho desenvolvido pelos laboratórios que contribuiu para o reconhecimento do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Além disso, a entidade está desenvolvendo um trabalho para tornar o Brasil livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

Em maio passado, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)  reconheceu novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação, em seis estados do país: Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso, que se uniram a Santa Catarina, que tinha esse status desde 2007. Tal conquista, que eleva os padrões sanitários do Estado e abre diversas possibilidades de alcance de novos mercados, passa por um trabalho realizado por vários órgãos nos últimos anos, entre eles a Rede LFDA.

O público pode comparecer no estande da Rede LFDA, mas respeitando as normas de combate a pandemia, tendo a oportunidade de fazer uma imersão na história da febre aftosa no Brasil, desde o final do Século 19, quando a doença surgiu no país, até o presente momento. A febre aftosa espalhou-se pelo mundo a partir do gado europeu, chegando à América do Sul por volta de 1850. Os primeiros registros da doença no Brasil foram feitos em 1870, na região sul do país.

Com totens interativos, através de QR code, o visitante tem acesso a um áudio guia que narra a história da doença através das décadas, e ao final pode assistir um vídeo do processo de análise feito no laboratório, desde o recebimento da vacina e a aplicação nos animais feito na fazenda do LFDA-RS, em Sarandi, até as análises feitas na unidade de Porto Alegre. Além do LFDA-RS, os laboratórios em MG, PE, PA e SP contribuíram e contribuem em várias etapas do processo de controle da doença.

Os produtores rurais, autoridades e o público em geral podem conhecer como foi realizado este trabalho que culminou no reconhecimento da OIE para até agora, sete Estados do Brasil, e que deve continuar andando para que todo o Brasil tenha essa certificação. A exibição pode ser conferida no estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Pavilhão Internacional.

Para o Coordenador do LFDA-RS, Fabiano Barreto, a Expointer é um importante momento de integração com diferentes setores da sociedade e uma oportunidade de prospecção de demandas e novas parcerias. “A participação na feira faz parte da estratégia de comunicação da Rede LFDA para divulgação das ações envolvendo a defesa agropecuária, tão importantes para nosso país”, ressaltou.

A Rede LFDA é composta por seis Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA), distribuídos por todo o Brasil. Além de Porto Alegre, tem unidades ainda em Goiânia, Pedro Leopoldo (MG), Belém do Pará, Recife e Campinas. As análises laboratoriais desempenhadas pela Rede LFDA são fundamentais à garantia da saúde dos rebanhos, da sanidade das lavouras e da qualidade dos diferentes produtos agropecuários, consumidos no Brasil ou exportados a mais de 100 países.

Alimentos de origem animal e vegetal (como leite e derivados, ovos, mel, carne e derivados, pescados, sucos e azeites), material genético animal, vacinas de uso veterinário, bebidas nacionais e importadas, sementes e mudas, agrotóxicos e fertilizantes, produzidos ou importados pelo Brasil, estão entre as inúmeras matrizes analisadas nos LFDA.

Os resultados emitidos pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária são internacionalmente reconhecidos como equivalentes, seguros e confiáveis, o que confere ao Brasil o posicionamento entre os maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo.

O LFDA-RS é responsável pela análise para classificação de grãos, análises de sementes, bebidas, vinagres, azeites, identidade e qualidade de alimentos, como produtos lácteos, produtos cárneos, produtos vegetais, análise de resíduos e contaminantes em alimentos e rações, além do controle de vacinas contra a febre aftosa e diagnóstico animal.


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